DO ENVIADO A SANTIAGO

Um eventual governo de centro-direita de Sebastián Piñera manterá o apoio do Chile -já manifestado pela gestão da socialista Michelle Bachelet- ao pleito do Brasil por um assento permanente em caso de reforma do Conselho de Segurança da ONU.
Em entrevista à imprensa internacional, Piñera foi questionado pela Folha quais seriam suas prioridades na relação com o Brasil. Além do respaldo na ONU, citou a finalização do corredor bioceânico -de acesso de produtos brasileiros ao mercado asiático pelo oceano Pacífico e de itens chilenos aos portos do Atlântico.
É consenso no Itamaraty que, caso eleito, Piñera não alterará os eixos da política externa chilena, salvo por uma menor ênfase em mecanismos de integração regional como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
O empresário disse que suas diferenças com o modelo "caudilhista" latino-americano representado por líderes como Hugo Chávez (Venezuela) e Raúl Castro (Cuba) não deve motivar divisões na região. "Temos que ser respeitosos, inclusive na diferença", afirmou ele. (TG)


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