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IRAQUE NA MIRA
Inspetores da ONU visitam palácio do ditador
EUA pedem auxílio à Otan para eventual guerra contra Saddam
DA REDAÇÃO
Os EUA pediram ontem oficialmente ajuda à Otan (aliança militar ocidental) para uma eventual
guerra contra o Iraque. Em Bagdá, os inspetores de armas da
ONU visitaram um palácio presidencial de Saddam Hussein.
A cooperação requisitada pelos
americanos aos outros 18 integrantes da Otan é limitada -não
envolve participação direta dos
outros países na ofensiva armada- mas importante numa operação de grande dimensão.
Entre as propostas americanas
estão medidas de proteção à Turquia em caso de contra-ataque
iraquiano. A infra-estrutura da
Otan também seria utilizada para
facilitar o transporte de tropas e
equipamentos, reabastecimento
no ar de aeronaves, uso de jatos
sem piloto para monitoramento
aéreo, entre outras atividades.
Palácio
Os inspetores da ONU percorreram ontem uma residência do
ditador iraquiano conhecida como Palácio Republicano. Foi o segundo palácio a ser visitado
-um outro foi investigado em
dezembro.
Não está claro se Saddam estava
no local, onde costuma receber líderes estrangeiros e onde ficam
também escritórios das forças especiais de segurança e da Guarda
Republicana. Um funcionário local afirmou que os inspetores estiveram nas partes residenciais e de
"serviço" do palácio.
O premiê britânico, Tony Blair,
colocou ontem mais tropas de
prontidão e voltou a dizer que o
Reino Unido e os EUA têm o direito de atacar o Iraque mesmo
sem uma aprovação da ONU.
No Parlamento, ele disse que
gostaria de ver uma nova resolução do Conselho de Segurança
autorizando uma ofensiva, mas
afirmou que, se esta não fosse dada e Bagdá não se desarmasse,
uma ofensiva seria legítima.
No dia 31, Blair vai se encontrar
com o presidente dos EUA, George W. Bush, em Camp David. Na
reunião -quatro dias após que o
chefe dos inspetores da ONU, o
sueco Hans Blix, apresentará seu
relatório-, Bush e Blair devem
definir a estratégia e um cronograma para a possível guerra.
O governo americano disse ontem que o Iraque cometerá crime
de guerra se usar "escudos humanos" em caso de ataque.
Com agências internacionais
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