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São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 2003

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IRAQUE NA MIRA

Inspetores da ONU visitam palácio do ditador

EUA pedem auxílio à Otan para eventual guerra contra Saddam

DA REDAÇÃO

Os EUA pediram ontem oficialmente ajuda à Otan (aliança militar ocidental) para uma eventual guerra contra o Iraque. Em Bagdá, os inspetores de armas da ONU visitaram um palácio presidencial de Saddam Hussein.
A cooperação requisitada pelos americanos aos outros 18 integrantes da Otan é limitada -não envolve participação direta dos outros países na ofensiva armada- mas importante numa operação de grande dimensão.
Entre as propostas americanas estão medidas de proteção à Turquia em caso de contra-ataque iraquiano. A infra-estrutura da Otan também seria utilizada para facilitar o transporte de tropas e equipamentos, reabastecimento no ar de aeronaves, uso de jatos sem piloto para monitoramento aéreo, entre outras atividades.

Palácio
Os inspetores da ONU percorreram ontem uma residência do ditador iraquiano conhecida como Palácio Republicano. Foi o segundo palácio a ser visitado -um outro foi investigado em dezembro.
Não está claro se Saddam estava no local, onde costuma receber líderes estrangeiros e onde ficam também escritórios das forças especiais de segurança e da Guarda Republicana. Um funcionário local afirmou que os inspetores estiveram nas partes residenciais e de "serviço" do palácio.
O premiê britânico, Tony Blair, colocou ontem mais tropas de prontidão e voltou a dizer que o Reino Unido e os EUA têm o direito de atacar o Iraque mesmo sem uma aprovação da ONU.
No Parlamento, ele disse que gostaria de ver uma nova resolução do Conselho de Segurança autorizando uma ofensiva, mas afirmou que, se esta não fosse dada e Bagdá não se desarmasse, uma ofensiva seria legítima.
No dia 31, Blair vai se encontrar com o presidente dos EUA, George W. Bush, em Camp David. Na reunião -quatro dias após que o chefe dos inspetores da ONU, o sueco Hans Blix, apresentará seu relatório-, Bush e Blair devem definir a estratégia e um cronograma para a possível guerra.
O governo americano disse ontem que o Iraque cometerá crime de guerra se usar "escudos humanos" em caso de ataque.


Com agências internacionais


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