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ÁSIA
Pyongyang critica a proposta americana de diálogo
Coréia do Norte acusa os EUA de tentar enganar a opinião pública
DA REDAÇÃO
A Coréia do Norte disse ontem
que a oferta dos EUA de manter
negociações com Pyongyang para
solucionar o atual impasse sobre
armas nucleares foi feita para enganar a opinião pública mundial.
"Está claro que a conversa dos
EUA sobre um diálogo nada mais
é do que um drama para enganar
a opinião pública mundial", disse
a Chancelaria norte-coreana, em
comunicado divulgado pela
Agência Central de Notícias Coreana (oficial).
Washington, que busca não alimentar mais a crise, preferiu não
responder à declaração. Disse
apenas que ainda não recebeu
uma resposta pelas vias oficias à
sua proposta de diálogo.
O governo do Estado comunista
criticou a oferta americana de voltar a enviar alimentos e energia ao
país em troca do abandono de seu
programa nuclear. Pyongyang
afirma que o confronto só acabará quando os EUA assinarem um
pacto de não-agressão.
Ari Fleischer, porta-voz da Casa
Branca, disse que "a Coréia do
Norte tem o hábito de falar coisas
muito inflamatórias. Ainda estamos esperando resposta oficial."
A tensão entre os dois países aumentou depois que autoridades
americanas disseram, em outubro, que a Coréia do Norte havia
admitido possuir um programa
secreto de armas nucleares.
Um programa do gênero viola
um acordo de 1994 com os EUA,
que se comprometiam a fornecer
energia para a Coréia do Norte caso o país suspendesse operações
em suas instalações nucleares. Em
dezembro, os EUA suspenderam
o envio de combustível.
Na semana passada, a Coréia do
Norte deixou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
James Kelly, subsecretário de
Estado americano, discutiu ontem em Pequim uma solução para a crise. A China, país vizinho e
principal aliado da Coréia do
Norte, recomendou a Washington abrir negociações diretas o
mais rápido possível com Pyongyang, como pedem os norte-coreanos. A China se dispõe a servir
de sede para um encontro. A diplomacia russa também faz esforços em busca de um acordo.
As Coréias do Norte e do Sul
concordaram ontem em fazer um
encontro ministerial entre 21 e 24
de janeiro, quando a questão nuclear deve ser debatida.
Com agências internacionais
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