São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2007

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Dívida externa cai e interna sobe no Brasil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de alguns movimentos de esquerda continuarem a defender uma auditoria ou mesmo a suspensão nos seus pagamentos, a dívida externa já deixou de ser vista como um grande entrave ao desenvolvimento da economia brasileira.
Favorecido pelo crescimento da economia mundial, o fluxo de dólares para o Brasil tem batido recordes nos últimos anos, e o governo vem aproveitando esses recursos para antecipar o pagamento da dívida.
No setor público, a dívida externa corresponde a 9,7% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo os últimos dados do Banco Central. Fechou novembro de 2006 em US$ 88,8 bilhões.
Em dezembro de 2002, a dívida externa total do Brasil -compromissos do governo e do setor privado- estava em US$ 210,7 bilhões, valor equivalente a 45,9% do PIB. Em 2006, esse número caiu para US$ 176,5 bilhões, ou 19,2% do PIB.
Essa redução foi conseguida, em boa parte, porque o governo começou a comprar diretamente no mercado parte dos dólares que entram no Brasil, para usá-los nos pagamentos antecipados da dívida externa pública.
Um dos maiores pagamentos foi feito ao FMI (Fundo Monetário Internacional): no final de 2005, o Brasil quitou com dois anos de antecedência um saldo devedor de US$ 15,5 bilhões.
Do ponto de vista fiscal, a maior fragilidade do governo hoje está na dívida interna. Em dezembro de 2002, ela representava 42% do PIB. Em novembro passado, essa proporção estava em 52%.
Esse aumento se deve, em boa parte, aos altos juros praticados no Brasil -dívida interna acompanha as variações da taxa Selic, hoje em 13,25% ao ano. O governo também recorreu a empréstimos no mercado interno para financiar a compra dos dólares usados nos pagamentos da dívida externa.


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