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Dívida externa cai e interna sobe no Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de alguns movimentos de esquerda continuarem a defender uma auditoria ou mesmo a suspensão nos seus pagamentos, a
dívida externa já deixou de
ser vista como um grande entrave ao desenvolvimento da
economia brasileira.
Favorecido pelo crescimento da economia mundial, o fluxo de dólares para o
Brasil tem batido recordes
nos últimos anos, e o governo vem aproveitando esses
recursos para antecipar o pagamento da dívida.
No setor público, a dívida
externa corresponde a 9,7%
do PIB (Produto Interno
Bruto), segundo os últimos
dados do Banco Central. Fechou novembro de 2006 em
US$ 88,8 bilhões.
Em dezembro de 2002, a
dívida externa total do Brasil
-compromissos do governo
e do setor privado- estava
em US$ 210,7 bilhões, valor
equivalente a 45,9% do PIB.
Em 2006, esse número caiu
para US$ 176,5 bilhões, ou
19,2% do PIB.
Essa redução foi conseguida, em boa parte, porque o
governo começou a comprar
diretamente no mercado
parte dos dólares que entram
no Brasil, para usá-los nos
pagamentos antecipados da
dívida externa pública.
Um dos maiores pagamentos foi feito ao FMI (Fundo
Monetário Internacional):
no final de 2005, o Brasil quitou com dois anos de antecedência um saldo devedor de
US$ 15,5 bilhões.
Do ponto de vista fiscal, a
maior fragilidade do governo
hoje está na dívida interna.
Em dezembro de 2002, ela
representava 42% do PIB.
Em novembro passado, essa
proporção estava em 52%.
Esse aumento se deve, em
boa parte, aos altos juros praticados no Brasil -dívida interna acompanha as variações da taxa Selic, hoje em
13,25% ao ano. O governo
também recorreu a empréstimos no mercado interno
para financiar a compra dos
dólares usados nos pagamentos da dívida externa.
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