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Lula, presença discreta, ficou menos de cinco horas em Quito
DO ENVIADO A QUITO
O presidente brasileiro, Luiz
Inácio Lula da Silva, teve uma
rápida e discreta participação
na posse do colega equatoriano,
Rafael Correa.
A comitiva brasileira chegou
a Quito por volta das 8h15 locais e deixou o país cerca de
quatro horas e meia depois, 25
minutos antes do horário previsto. Acompanhado apenas de
um ministro, o chanceler Celso
Amorim, Lula não teve nenhum encontro bilateral e apenas cochichou com o colega venezuelano, Hugo Chávez, que
sentou ao seu lado na cerimônia de posse, no Congresso.
O presidente brasileiro se envolveu indiretamente num episódio confuso. Segundo a imprensa local, uma pessoa foi baleada no momento em que sua
comitiva passava. A comitiva
chegou a ouvir o disparo, segundo um dos integrantes.
Uma rádio local informou
que se tratava de uma pessoa
que queria se aproximar do carro de Lula, mas nenhum disparo partiu dos homens que faziam a segurança do presidente
brasileiro, segundo checagem
realizada depois do incidente.
Amorim falou rapidamente
com jornalistas. Questionado
se concordava com a declaração do assessor internacional
de Lula, Marco Aurélio Garcia,
de que as mudanças anunciadas pela Venezuela na semana
passada representam um aprofundamento da democracia, foi
evasivo. "O presidente Chávez
foi eleito com 63% dos votos, é
difícil você questionar uma situação que esteja dentro da legalidade venezuelana. Agora,
cada país tem o seu caminho."
Entre os presentes à posse,
estava o presidente iraniano,
Mahmoud Ahmadinejad, que
tem sido fortemente criticado
pelas declarações em que nega
a ocorrência do Holocausto.
Ele se sentou ao lado do boliviano Evo Morales, com quem trocou algumas palavras.
O iraniano veio de Caracas,
onde, no fim de semana, assinou acordos de cooperação
com Chávez nas áreas automobilística e petrolífera. Ele também esteve na posse do nicaragüense Daniel Ortega, na semana passada.
(FM)
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