São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

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Correa propõe nova divisão administrativa

Mudança inclui representação no exterior, diz presidente do Equador, que prevê vitória em referendo sobre Carta

DA REDAÇÃO

No balanço de seu primeiro ano de governo no Equador, o presidente esquerdista Rafael Correa propôs ontem uma nova organização territorial-administrativa do país -com representação de imigrantes- e previu uma vitória no referendo que analisará a futura Constituição equatoriana, que deve ficar pronta em maio.
Em um discurso de três horas de duração na Assembléia Constituinte, na cidade costeira de Montecristi, o equatoriano classificou seu período no poder como "extraordinário e mágico". Admitiu, porém, que a queda da produção petroleira e o déficit de 10% do PIB na balança comercial sem o petróleo foram problemas na economia -o país cresceu 2,7% em 2007.
O ato foi boicotado pela oposição, que queria que ele ocorresse no Parlamento, posto em recesso pela maioria governista da Constituinte.
Correa afirmou que o país, que tem com 24 Províncias, será dividido também em dez regiões administrativas, sendo a décima dedicada aos que vivem no exterior. As principais cidades, Guayaquil e a capital Quito, serão consideradas pólos de desenvolvimento. Para ele, a nova conformação permitirá uma melhor distribuição de recursos.
Aprovado em dezembro por 64% da população, Correa terá mais disputas nas urnas em 2008. Se cumprido o cronograma, a nova Carta do país ficará pronta em maio. Em até 25 dias depois, o texto irá a referendo.
A nova Constituição prevê eleições gerais, que também ocorreriam neste ano. Pelas regras esboçadas, Correa poderá concorrer ao cargo novamente.


Com agências internacionais


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