São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

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IRAQUE

Rice visita Bagdá, e ministro insinua que EUA ficarão até 2018

DA REDAÇÃO

Em visita-surpresa ontem a Bagdá, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, elogiou o governo iraquiano por o que qualificou de "avanço considerável" na reconciliação nacional.
Rice, que deixou a comitiva do presidente George W. Bush na Arábia Saudita para ir ao Iraque, referia-se à Lei de Desbaathificação. Aprovada no sábado pelo Parlamento do Iraque, a lei permite que centenas de membros do extinto partido do ditador Saddam Hussein (1979-2003), o sunita Baath, voltem a trabalhar no governo.
Segundo Ali al Dabbagh, porta-voz do governo iraquiano, Rice disse em encontro reservado com o premiê Nuri al Maliki que Bush pretende diminuir gradualmente, no meio deste ano, em cerca de 20 mil a 30 mil os soldados americanos no Iraque. O acréscimo desse contingente, principalmente em Bagdá, é apontado pelos EUA como um dos fatores responsáveis pela recente diminuição da violência no Iraque.
Apesar das palavras de Rice, o ministro da Defesa do país, Abdul Qader al Obeidi, declarou ontem que os iraquianos não poderão assumir plena responsabilidade pela segurança interna até 2012. Em entrevista publicada pelo "New York Times", Al Obeidi disse ainda que o Iraque não será capaz de defender suas fronteiras até pelo menos 2018.
Também ontem o Pentágono anunciou que os EUA enviarão 3.200 fuzileiros navais adicionais para combater o Taleban no Afeganistão. Segundo o Ministério da Defesa, o acréscimo -mais de 10% do total de combatentes americanos no país- será necessário para reagir às ofensivas, que devem aumentar com fim do inverno no hemisfério Norte.


Com agências internacionais


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