|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo pára apuração e manda investigar
DA REDAÇÃO
A contagem da eleição presidencial haitiana da semana passada foi interrompida ontem, num
sinal de que as autoridades eleitorais recuaram diante das alegações de fraude do candidato favorito, René Préval. No mesmo dia,
foi encontrado material eleitoral
jogado num lixão de Porto Príncipe, reforçando a suspeita de que
houve irregularidades.
Michel Brunache, chefe-de-gabinete do presidente interino, Boniface Alexandre, disse que o governo havia pedido ao Conselho
Eleitoral Provisório (CEP) que
não publicasse os resultados finais até que uma comissão formada por membros do próprio órgão e por indicados por Préval revisasse as alegações de fraude do
candidato de centro-esquerda.
"Há pessoas irritadas, prontas
para colocar fogo no país", disse
Brunache, em mais um dia de
protestos. O governo não deu nenhuma estimativa sobre quanto
tempo levaria a revisão.
A polícia da missão de paz da
ONU recebeu ordem de recolher
ontem material eleitoral encontrado num depósito de lixo perto
de Porto Príncipe. Jornalistas da
agência Associated Press viram
centenas de urnas vazias, ao menos um relatório de votação e diversos sacos vazios numerados e
assinados por chefes de mesas de
votação espalhados por um lixão
a oito quilômetros ao norte da capital haitiana.
O candidato favorito, René Préval, tem alegado que houve "erros
grotescos e provavelmente uma
fraude gigantesca" na votação de
7 de fevereiro -a primeira desde
a queda do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, há dois anos.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Comentário: Bagunça vence participação Próximo Texto: América do Sul: Duplo emprego de Morales atrai críticas na Bolívia Índice
|