São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2011

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Gaddafi toma outra cidade e ruma à capital da insurgência

Ajdabiyah é 3º reduto retomado em dez dias

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças leais ao ditador líbio Muammar Gaddafi retomaram ontem mais uma cidade controlada pelos rebeldes e já se dirigem para Benghazi, segunda maior cidade do país e bastião opositor.
O controle de Ajdabiyah, último grande reduto rebelde no caminho de Benghazi, foi reivindicado pelos governistas após ataques que envolveram ações aéreas, mísseis, tanques e artilharia pesada.
A cidade é apenas a mais recente conquista das forças pró-Gaddafi. Nos últimos dez dias, elas deram início a contra-ataque aos rebeldes e impuseram um recuo de mais de 150 km à oposição, que tentava chegar a Sirte -a terra natal do ditador da Líbia.
Nos últimos dias, o governo já havia anunciado a reconquista de cidades como Ras Lanuf e Brega, ambas estratégicas para escoamento e produção do petróleo líbio.
O novo avanço reduz a área dominada pelos rebeldes, que chegou a ocupar toda a metade leste do país, a Benghazi -onde tiveram início os protestos anti-Gaddafi- e à faixa de litoral que se estende até a divisa egípcia.
E ainda ontem houve primeiros relatos, não confirmados, de confrontos em Benghazi. Há temor de que um enfrentamento entre as forças de Gaddafi e os rebeldes provoque banho de sangue.
Uma derrota da oposição na cidade, o quartel-general da revolta, praticamente selaria a vitória do ditador líbio, há 41 anos no poder.
Em pronunciamento, Gaddafi chamou os rebeldes de ratos, acusou ex-aliados europeus, como a Itália, de traição e disse que o Ocidente só tem interesse no petróleo.
O ditador ameaçou ainda se aliar à Al Qaeda caso o Ocidente intervenha na Líbia.

EXCLUSÃO AÉREA
No front diplomático, as potências falharam de novo em obter consenso para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia, medida defendida por França e Reino Unido, porém malvista por EUA, Rússia e China.
Ainda ontem um rascunho da resolução foi entregue aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, que se reúnem hoje para analisar a proposta "parágrafo a parágrafo", disse o embaixador britânico. O texto autoriza a zona de exclusão aérea sobre o país e abre portas para mais medidas contra a Líbia.
Os EUA já aplicam sanções unilaterais contra o país.


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