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Zapatero diz que será firme na guerra ao terror
DA REDAÇÃO
O futuro premiê espanhol, José
Luis Rodríguez Zapatero, 43, prometeu ontem combater duramente o terrorismo internacional,
mas manteve sua promessa de retirar as tropas espanholas do Iraque se a ONU não estiver no comando dos esforços de reconstrução do país até 30 de junho.
O líder socialista descreveu as
grandes linhas de seu governo,
que, segundo analistas, será bem
diferente do ainda premiê José
María Aznar (conservador). Zapatero discursou no Parlamento,
em Madri, no início dos debates
que deverão confirmá-lo no posto
de premiê, já que seus aliados são
majoritários na Casa.
Eleito três dias depois dos atentados de Madri, que mataram 191
pessoas em 11 de março passado,
Zapatero repetiu suas promessas
de campanha, incluindo sua intenção de desbloquear as negociações sobre a Constituição européia. Ainda ontem, a Polônia,
aliada da Espanha na interrupção
das negociações, deu a entender
que também poderá facilitar a
busca de um consenso.
Diante de dúvidas internas e externas sobre sua atitude em relação às ameaças atuais à segurança
da comunidade internacional,
Zapatero demonstrou tanta firmeza quanto seus detratores conservadores.
"Meu governo terá como seu
primeiro objetivo o combate sem
descanso ao terrorismo, a qualquer forma de terrorismo, a todas
as formas de terrorismo", afirmou Zapatero, que venceu o candidato de Aznar, Mariano Rajoy,
no pleito espanhol. Ele teve 43%
dos votos, contra 38% de Rajoy.
Sua vitória foi inesperada. Segundo analistas, ela teve como razões o descontentamento popular
com o apoio de Aznar à Guerra do
Iraque, o forte comparecimento
às urnas e o modo como o ainda
premiê lidou com os atentados de
Madri, afirmando, inicialmente
que eles foram cometidos por terroristas bascos, não islâmicos.
Com agências internacionais
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