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Com apoio brasileiro, comissão deixa de censurar China e Rússia
DA REDAÇÃO
China e Rússia, com apoio brasileiro, deixaram de ser criticadas
ontem na Comissão de Direitos
Humanos da ONU ao conseguirem bloquear e derrotar projetos
de resolução que censuravam a situação desses países.
A comissão, que se aproxima do
fim de sua sessão anual, tratou
ontem da situação específica de
vários países.
Apoiados pela União Européia
(UE), os EUA buscaram criticar a
China na comissão (formada por
53 países) devido à repressão política e religiosa.
Mas, como já ocorreu em anos
anteriores, a China facilmente
bloqueou a resolução por meio de
um procedimento que impede a
proposta de ser levada à votação.
A Rússia também reuniu com
facilidade votos suficientes para
rejeitar uma resolução proposta
pela UE questionando a tática de
suas forças de segurança no sangrento conflito tchetcheno, que já
provocou milhares de mortes.
A Rússia criticou duramente a
UE, acusando o bloco de propor
"um ato não-amistoso" e de
"brincar nas mãos de terroristas".
O Brasil apoiou tanto a ação chinesa quanto a da Rússia. O país
quis demonstrar boa vontade em
relação à China às vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda neste mês.
O Brasil, que integra o chamado
G-3, ao lado de Índia e África do
Sul, quer ampliar o grupo também para a China e a Rússia, que
estão entre os principais parceiros
comerciais brasileiros.
Oriente Médio
A comissão voltou a condenar
ontem os assentamentos ilegais
de Israel nos territórios ocupados
-um dia depois que o presidente
dos EUA, George W. Bush, ter dito que alguns desses assentamentos poderiam ser mantidos.
Mas, diferentemente dos anos
anteriores, os países árabes e muçulmanos se abstiveram na votação da proposta apresentada pela
UE porque exortava os líderes palestinos a "combater o terrorismo". O Brasil e outros 26 países
votaram a favor; EUA e República
do Congo votaram contra.
Com agências internacionais
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