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Irã fará proposta para romper impasse nuclear
Ahmadinejad diz querer "nova relação" com EUA
DA ASSOCIATED PRESS
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se disse
ontem disposto a construir
uma "nova relação com os
EUA" e afirmou que seu governo apresentará às grandes potências um pacote de propostas
para pôr fim ao impasse sobre o
programa nuclear iraniano.
Foi a resposta iraniana mais
conciliatória até agora aos acenos da Casa Branca de Barack
Obama, que vem impulsionando uma distensão entre Teerã e
o Ocidente.
"Preparamos um pacote que
pode solucionar o problema
nuclear do Irã. Ele será apresentado em breve", disse Ahmadinejad. Ele não deu detalhes sobre a oferta, mas afirmou que ela "garantirá paz e
justiça ao mundo" e "respeita
os direitos de todas as nações".
A declaração sucede o recente convite das cinco potências
atômicas do Conselho de Segurança da ONU -EUA inclusive- mais a Alemanha para retomar as conversas com Teerã.
Data e local da nova rodada
de negociações entre o Irã e o
grupo de países conhecido como P5 + 1 ainda não foram definidos. O encontro selará a primeira participação ativa dos
EUA na mesa de negociações
sobre o dossiê iraniano.
A última rodada de conversas
ocorreu em meados do ano passado, quando o P5 + 1 prometeu
suspender sanções da ONU e
mais incentivos financeiros em
troca da suspensão do programa de enriquecimento de urânio iraniano, suspeito de ter objetivos militares velados.
O Irã havia recusado a oferta,
alegando que tem direito de
enriquecer urânio -o que pode
fazer sob o Tratado de Não Proliferação Nuclear, desde que
em cooperação com a Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA).
É tido como certo que o Irã
não abrirá mão de seu programa nuclear -as grandes potências estudam aceitar essa ideia,
ainda que temporariamente,
segundo o "New York Times".
Ahmadinejad ontem falou
pela primeira em "perdoar" os
EUA pelos supostos "crimes"
contra o Irã, como o apoio a
Bagdá na guerra Irã-Iraque,
nos anos 80. "A nação iraniana
é generosa. Ela pode esquecer o
passado e começar uma nova
era", disse o presidente.
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