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Agenda bilateral busca ir além da questão nuclear
DO ENVIADO A TEERÃ
Apesar das restrições em
vigor, Brasil e Irã vêm tentando ampliar a parceria
econômica para despolitizar
a agenda bilateral e dar respaldo pragmático à intensificação de seus laços.
O Itamaraty chegou a imprimir cartilha em persa sobre as exportações brasileiras para ser entregue aos empresários iranianos durante
a visita de Lula, que pretende
dar continuidade aos contatos feitos no mês passado pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge.
A comitiva de Jorge, que
reuniu 86 empresários de vários setores, permaneceu
dois dias em Teerã e chegou a
ser recebida pelo presidente
Mahmoud Ahmadinejad.
Os iranianos dizem ter interesse em comprar mais
produtos brasileiros, principalmente agrícolas. O Brasil
ofereceu linhas de crédito
para financiar a compra de
produtos brasileiros.
Mas os planos de dar um
salto na relação comercial e
financeira, que não chega a
US$ 2 bilhões, esbarram em
barreiras tarifárias nos dois
lados, na falta de voos diretos
entre os dois países, na concorrência da China e principalmente nas sanções já vigentes contra o Irã.
As punições incluem embargo sobre produtos tecnológicos e restrições bancárias. Para contornar sanções,
o Irã executa boa parte de
sua agenda de comércio exterior por intermédio de outros países, como os Emirados Árabes Unidos.
A Petrobras suspendeu
suas atividades no Irã depois
de ter sido apontada pelo governo americano como uma
das empresas estrangeiras
que investiram mais de US$
20 milhões no setor energético iraniano nos últimos
cinco anos -o que a tornaria
passível de retaliações em
suas atividades nos EUA.
(SA)
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