São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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Temor é de que atos se repitam em setembro

DE JERUSALÉM

A inédita invasão do território israelense por dezenas de manifestantes vindos da Síria antecipou o que pode se tornar um cenário de pesadelo caso a ação se repita nos próximos meses.
O temor do governo e Exército israelenses é de que as manifestações de ontem tenham sido um "ensaio geral" para o que poderá acontecer em setembro, quando os palestinos planejam declarar seu Estado na ONU.
Até ontem, analistas israelenses minimizavam a possibilidade de uma terceira intifada (revolta), como pregavam as páginas no Facebook iniciadas por ativistas palestinos no calor da "primavera árabe".
Ocorre que as duas primeiras intifadas, iniciadas em 1987 e 2000, se limitaram a territórios palestinos sob controle israelense. Os incidentes nas fronteiras do Líbano e da Síria criam um dilema novo.
"Um cenário em que milhares de refugiados palestinos marcham em direção às fronteiras é algo que Israel terá de levar a sério em setembro, caso o Estado palestino seja declarado", disse Ehud Yaari, analista da TV israelense.
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, condenou a violência israelense. "Sangue derramado pela liberdade dos palestinos não será em vão", afirmou.
Em pronunciamento, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse esperar que os protestos não prossigam e fez um alerta. "Que ninguém se engane: estamos determinados a defender nossas fronteiras e nossa soberania", disse.
Nesta semana, Netanyahu visitará os Estados Unidos, e tentará convencer o governo americano a não apoiar a declaração palestina. (MN)


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