DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou ontem que não entregará Saddam Hussein aos iraquianos enquanto o país não tiver a segurança adequada para assegurar que o ex-ditador não deixe de ser julgado.
Na véspera, o futuro premiê interino, Iyad Allawi, anunciara que os EUA entregariam o ex-ditador até a devolução da soberania, no próximo dia 30. Entretanto Bush evitou citar datas, embora não tenha descartado a hipótese.
"Ele é um assassino. Um bandido. Precisa ser levado a julgamento", declarou Bush nos jardins da Casa Branca. "Queremos ter certeza de que ele [Saddam] não voltará ao poder. Quando eu receber a resposta adequada, que eu sei que receberei, trabalharemos com eles [os iraquianos]."
O novo governo iraquiano anunciou que pretende apresentar as queixas antes do dia 30 e julgar Saddam no país. Por sua vez, Paul Bremer, chefe da Autoridade Provisória da Coalizão, disse que "a custódia legal e a física podem ser coisas distintas".
Os EUA mantêm Saddam sob sua custódia -em local ignorado- desde que o capturaram, em dezembro. Como o ex-ditador tem status de prisioneiro de guerra, a lei internacional obriga os EUA a entregarem Saddam aos iraquianos tão logo o país recobre sua soberania e a ocupação termine oficialmente. Outra alternativa seria Washington apresentar acusações contra o ex-ditador, mudando seu status até o dia 30.