DA REDAÇÃO

O Exército dos Estados Unidos divulgou ontem, pela primeira vez, uma foto do provável sucessor do terrorista Abu Musab al Zarqawi -morto em um bombardeio das tropas americanas na região de Baquba na semana passada- na liderança da Al Qaeda no Iraque.
Segundo os militares, o novo líder do grupo é o egípcio Abu Ayyub al Masri, que participa de ações terroristas desde 1982, quando se envolveu com o grupo Jihad Islâmico no seu país.
Na seqüência, segundo as informações a seu respeito, ele passou por treinamentos no Afeganistão e hoje é um especialista em explosivos. Masri teria ido para o Iraque após a derrota do Taleban, que se seguiu aos ataques de 11 de setembro de 2001. Foi quando teria começado a trabalhar com Zarqawi e se tornado o chefe da Al Qaeda no sul iraquiano.
A Agência de Inteligência da Defesa dos EUA divulgou a sua foto numa coletiva de imprensa em Bagdá. Os militares americanos acreditam que Masri seja a pessoa identificada, em comunicado divulgado pelo grupo terrorista na semana passada, como Abu Hamza al Muhajirin -palavra que significa "estrangeiro". Nele, o novo líder prometia vingar a morte de seu antecessor e continuar com a ofensiva contra as tropas americanas e do governo iraquiano.
"Vamos continuar a aprofundar nossa análise a respeito [da sucessão na Al Qaeda]", disse Caldwell, ponderando que ainda pode estar havendo uma luta pelo poder entre os terroristas.
O porta-voz afirmou que a fotografia de Masri só foi divulgada após muitas discussões entre autoridades militares dos EUA, completando que "a intenção não é glorificá-lo ou torná-lo mais importante".
Ele afirma que o "íntimo conhecimento" de Masri sobre a rede terrorista pode ajudar a Al Qaeda a "ganhar um tempo no país", caso o egípcio seja confirmado como seu novo líder.

Caça aos líderes
Os EUA prometem uma recompensa de US$ 250 mil por informações sobre Masri -a oferta já estava em vigor antes da morte de Zarqawi. A recompensa pelo jordaniano era de US$ 5 milhões. Documentos da Al Qaeda apreendidos recentemente revelaram os nomes de outros líderes no país, segundo autoridades iraquianas.