São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2006

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Rebeldes matam 64 pessoas no Sri Lanka

Exército revidou atentado a ônibus lotado com ataques aéreos contra os separatistas Tigres Tâmeis

DA REDAÇÃO

O Exército do Sri Lanka lançou ontem ataques aéreos contra os rebeldes dos Tigres Tâmeis, numa retaliação ao atentado a um ônibus que matou pelo menos 64 pessoas, incluindo crianças. É o pior ato de violência ocorrido no país desde o cessar-fogo de 2002.
Segundo o governo, os rebeldes detonaram duas minas terrestres em uma estrada por onde o ônibus lotado passava, em direção à cidade de Kebitigollewa, a cerca de 200 km ao norte da capital, Colombo. Pouco depois, ataques aéreos e de artilharia do Exército cingalês começaram na costa nordeste do país, dominada pelos rebeldes.
Na explosão do ônibus, 58 pessoas morreram imediatamente, e outros seis feridos morreram a caminho do hospital. Há ainda 40 pessoas que estão hospitalizadas.
Já os ataques contra o grupo aconteceram no começo da tarde de ontem, na cidade de Kilinochchi, quartel-general dos Tigres da Libertação Tâmil Eelam (LTTE).
Após a ação, os Tigres afirmaram que pode haver uma nova guerra civil. "Se estão atacando Kilinochchi, eles mostram que estão prontos para a guerra", disse à agência Reuters o líder do secretariado de paz dos Tigres, S. Puleedevan. A área ao sul da cidade foi atingida em maio por um ataque aéreo, após uma investida dos rebeldes contra a Marinha do Sri Lanka.
O presidente do país, Mahinda Rajapakse, visitou os feridos na explosão do ônibus e disse que permanece comprometido com a paz. Mas diplomatas afirmam que a situação está saindo de controle, enquanto observadores internacionais alertam que ambos os lados devem interromper a violência.
A maior parte dos passageiros do ônibus era cingalês, maioria étnica da ilha. Os Tigres reivindicam a separação entre os cingaleses e a minoria tâmil. Segundo números oficiais, cerca de 760 pessoas morreram desde dezembro de 2005 no Sri Lanka devido ao conflito separatista, que já deixou mais de 60 mil mortos desde 1972.


Com agências internacionais

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