São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2006

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AMÉRICA DO SUL

Argentina renova pressão por negociações sobre Malvinas

DE BUENOS AIRES

O governo argentino acusou ontem o Reino Unido de tomar decisões "ilegítimas" e "unilaterais" para obstruir as negociações sobre a soberania das Ilhas Malvinas (Falklands) e voltou a pedir que a ONU interceda no tema.
A queixa foi feita pelo chanceler Jorge Taiana durante reunião do Comitê Especial de Descolonização das ONU. O comitê aprovou uma declaração, proposta pelo Chile, que insta os britânicos a discutir uma solução pacífica para a disputa.
Taiana também acusou o Reino Unido de não atender os pedidos da comunidade internacional para negociar. Foi a segunda vez em menos de um mês que a Argentina voltou ao tema. A primeira foi um discurso do chanceler na OEA (Organização dos Estados Americanos).
O governo Néstor Kirchner tem reafirmado que recuperar as ilhas "é objetivo permanente e irrenunciável do povo argentino", e as últimas declarações sobre o tema azedaram a relação com os britânicos.
A diplomacia britânica não costuma falar do assunto, mas no começo do mês, ao jornal argentino "La Nación", a embaixada do país reafirmou a posição oficial: "As Falklands não são uma colônia. O Reino Unido só é responsável por temas de defesa e de política exterior".
A ditadura argentina tentou retomar as ilhas numa guerra fracassada contra os ingleses, em 1982. Em 1990, as relações diplomáticas foram retomadas. No governo Kirchner a situação ficou mais tensa. Só em 2005, foram 15 reclamações formais aos ingleses pela atuação nas Malvinas, por temas como navegação e pesca não autorizada.


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