São Paulo, sábado, 16 de junho de 2007

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entrevista

É um alívio pôr um ponto final, diz filho

DO ENVIADO ESPECIAL A JUIZ DE FORA

Desde o seqüestro do engenheiro João José Vasconcellos Jr. no Iraque, seu filho Rodrigo Vasconcellos passou a ler mais para tentar entender a lógica das ações no país. Tudo para alimentar a esperança de que seu pai poderia voltar para casa vivo. Os boatos e informações desencontradas foram o que mais angustiaram a família nos dois anos e meio de espera. Ontem, ele diz, foi o dia do alívio. (IN)

 

FOLHA - O que foi pior nesses dois anos e meio de espera?
RODRIGO VASCONCELLOS -
Não saber o que exatamente aconteceu. Não ter nem uma resposta positiva, ou mesmo a negativa.

FOLHA - É importante para vocês saberem como foi?
VASCONCELLOS -
Não. Parece que ele faleceu já na abordagem, mas não tenho certeza. E não precisamos ter.

FOLHA - Em algum momento vocês desistiram de vê-lo vivo?
VASCONCELLOS -
Nunca. A gente sempre teve esperança, principalmente meus avós. Mas a partir do sétimo, oitavo mês todos as informações eram negativas. Não vinham mais nem boatos positivos.

FOLHA - Como é enterrar o pai, dois anos e meio depois?
VASCONCELLOS -
É um conforto para todos, um ponto final. Confesso que para mim foi um alívio. Agora podemos começar uma nova etapa da nossa vida.

FOLHA - Vocês pensam em pedir algum tipo de indenização à Odebrecht?
VASCONCELLOS -
Não é o momento para falar disso. Não é uma preocupação nossa agora.


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