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Foco
Casamentos gays geram inquérito britânico, prisão paraguaia e festa nos EUA
DA REDAÇÃO
O bispo da Igreja Anglicana em Londres, Richard Sartres, determinou ontem uma
investigação interna para
apurar os responsáveis pela
cerimônia de casamento entre dois de seus pastores, Peter Cowell e David Lord, que
já haviam legalizado a união
em cerimônia civil.
"Cerimônias religiosas e
bênçãos matrimoniais [entre pessoas do mesmo sexo]
não são autorizadas pelos
anglicanos", disse o bispo. O
casamento ocorreu na igreja
londrina de São Bartolomeu,
em 31 de maio último.
Segundo o jornal "The
Sunday Telegraph", os dois
pastores trocaram alianças e
promessas de fidelidade. O
pastor da São Bartolomeu,
Martin Dudley, disse à Reuters que não se tratou propriamente de casamento,
mas de uma "bênção".
A questão é controvertida
entre os anglicanos. Em
2003, a igreja, que nos Estados Unidos é chamada de
episcopal, aceitou consagrar
Gene Robinson, primeiro
bispo em quatro séculos a se
declarar homossexual.
Lésbicas no Paraguai
O jornal "Crónica" revelou
ontem que um casamento foi
suspenso de última hora na
principal igreja de Lambaré,
subúrbio de Assunção, quando, a partir de uma denúncia
anônima, o oficiante católico
descobriu que o noivo era do
sexo feminino.
Faltavam apenas alguns
minutos para o início da cerimônia, em data não esclarecida, quando o padre Álgel
Arévalo alertou um promotor para a denúncia que havia recebido, e este convocou
a polícia e um médico legista.
Blanca Estigarribia Lugo,
44, a noiva e mulher de verdade, declarara querer se casar com Jesús Alejandro
Martínez, 40, cujo nome de
batismo era Catalina Vera.
O legista que examinou o
noivo afirmou que ele tinha
biologicamente as características de uma mulher e nenhum atributo masculino.
O casal foi transferido a
uma delegacia e a seguir a
um presídio feminino.
Los Angeles
Depois de longa batalha
judicial, casam-se hoje em
Los Angeles as mulheres Robin Tyler, 66, e Diane Olson,
54, que mantêm há 15 anos
uma união matrimonial estável, mas que contestaram a
legislação do Estado da Califórnia que permitiria a elas
apenas o estatuto de "sociedade doméstica".
Elas foram as principais
impetrantes de uma espécie
de mandado de segurança
que levou a Suprema Corte
do Estado a legalizar no mês
passado o casamento entre
pessoas do mesmo sexo.
Com agências internacionais
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