da Redação

Tropas da Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) começaram a ocupar Kosovo no último sábado, para fazer a manutenção de paz na Província.
O objetivo principal é permitir que os refugiados de origem albanesa -mais de 800 mil, a maior parte na Albânia e na Macedônia- possam voltar às suas cidades de origem.
A Otan bombardeou a Iugoslávia por 78 dias com a intenção de forçar o regime do ditador Slobodan Milosevic a aceitar um acordo com os kosovares de origem albanesa.
Segundo dados populacionais de um ano atrás, cerca de 90% da população da Província de Kosovo era de origem albanesa, majoritariamente muçulmana.
Os sérvios, em sua maioria cristãos ortodoxos, representavam 10% dos habitantes de Kosovo. Eles são a principal etnia da Iugoslávia. Kosovo é uma Província da Sérvia -República que, com Montenegro, forma a Iugoslávia- e usufruía de certa autonomia até 1989, com polícia própria e ensino em língua albanesa.
A cassação da autonomia pelo regime de Milosevic estimulou o separatismo.
O presidente é acusado de promover "limpeza étnica" -matar kosovares de etnia albanesa ou expulsá-los de casa.
Os iugoslavos alegam combater o ELK (Exército de Libertação de Kosovo), guerrilha separatista, para defender a integridade territorial do país.
Os sérvios vêem Kosovo como berço de sua identidade nacional. Há mosteiros ortodoxos na Província e ali aconteceu, em 1389, uma histórica batalha perdida para os otomanos, que dominaram os Bálcãs por mais de 500 anos.


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