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ARGENTINA
Ex-presidente não compareceu a 3 interrogatórios
Promotoria pede prisão de De la Rúa por mortes em protestos de 2001
ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES
Os promotores federais da Argentina Luis Comparatore e Patricio Evers encaminharam ontem à
Justiça do país um pedido de prisão contra o ex-presidente Fernando de la Rúa (1999-2001).
Os promotores acreditam que a
detenção seja a única forma de
obrigar o ex-presidente a prestar
esclarecimentos sobre as mortes
ocorridas durante os protestos
populares que aconteceram na
Argentina em dezembro de 2001 e
que resultaram no pedido de renúncia de De la Rúa.
O ex-presidente é acusado de
homicídio culposo (em que a pessoa comete o crime sem intenção). A promotoria investiga sua
responsabilidade em cinco mortes ocorridas no dia 20 de dezembro de 2001 após repressão policial aos manifestantes. Nesse dia,
outras 227 pessoas ficaram feridas
em enfrentamentos com policiais.
Ausente
De la Rúa deveria ter prestado
depoimento ontem, mas não
compareceu. Segundo um de seus
advogados, Miguel Angel Almeyra, a ausência foi uma "decisão da
Justiça". O ex-presidente não
compareceu para depor em duas
outras oportunidades- 17 e 26
de junho. Em ambas, De la Rúa
alegou problemas pessoais.
O pedido de prisão feito pelos
promotores foi entregue à juíza
María Servini de Cubría, responsável pela ordem que postergou o
depoimento de De la Rúa que estava previsto para ontem.
A juíza é figura polêmica na Argentina e foi responsável por uma
intervenção judicial sem embasamento legal feita no final de maio
no diário "La Nación".
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