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KPMG indica contrabando de petróleo
DA REDAÇÃO
A primeira auditoria sobre a administração americana do Fundo
para o Desenvolvimento do Iraque concluiu que, embora todas
as receitas oficiais relacionadas à
venda de petróleo tenham sido
contabilizadas, o sistema de registros contábeis ficou "aberto a atos
fraudulentos" por conta da falta
de "mecanismos de controle".
Concretamente, a auditoria internacional realizada pela empresa KPMG, divulgada ontem, concluiu que houve "contrabando de
desconhecidas quantidades de
petróleo durante os primeiros
meses" da ocupação do Iraque
pela coalizão liderada pelos EUA.
No entanto a auditoria mostrou
que não há evidências de fraude
no modo como o dinheiro obtido
com a venda de petróleo foi despendido pela coalizão.
A auditoria foi encomendada
pelo Conselho Internacional Consultivo e de Monitoração, que inclui a ONU, o Banco Mundial e o
Fundo Monetário Internacional,
como parte de sua tarefa de controlar as receitas obtidas com a
venda do petróleo iraquiano.
"Não encontramos evidências
de fraude, e a KPMG também não
as encontrou, já que não as mencionou em sua auditoria", declarou Jean-Pierre Halbwachs, presidente do Conselho Internacional
Consultivo e de Monitoração,
acrescentando que os "mecanismos de controle não foram suficientes" para assegurar a total
transparência do processo.
A KPMG lamentou a falta de colaboração por parte de Paul Bremer, ex-chefe da Autoridade Provisória da Coalizão.
De acordo com os auditores, ele
dificultou a obtenção de documentos sobre os montantes pagos
à empresa Halliburton, que foi comandada pelo vice-presidente
dos EUA, Dick Cheney, de 1995 a
2000. A Halliburton recebeu US$
1,5 bilhão em contratos.
O Fundo para o Desenvolvimento do Iraque (num total de
US$ 20 bilhões, segundo o diário
espanhol "El País") é o sucessor
do Programa de Petróleo por Alimentos, que permitiu ao ex-ditador Saddam Hussein continuar a
vender petróleo -com a autorização da ONU- após a Guerra
do Golfo (1991).
Com agências internacionais e o jornal
"El País"
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