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Queda de avião com destino à Armênia mata 168 no Irã
Tupolev, de fabricação soviética, da russo-iraniana Caspian Airlines voava de Teerã para Ierevan, capital do país vizinho
Segundo relatos, avião voou em círculos com a cauda em chamas antes de mergulhar de bico em um descampado a noroeste da capital do Irã
DA REDAÇÃO
Um avião iraniano com 168
pessoas a bordo caiu ontem
poucos minutos depois decolar
de Teerã em direção a Ierevan,
capital da vizinha Armênia. Todos os 153 passageiros e 15 tripulantes do Tupolev Tu-154M,
de fabricação soviética, da Caspian Airlines morreram.
Segundo relatos de testemunhas, o avião estava com a cauda em chamas e voando em círculos antes de mergulhar de bico num descampado em vilarejo próximo à cidade de Qazvin
(200 km a noroeste de Teerã).
As causas da queda do Tupolev ainda não são conhecidas,
mas, de acordo com o vice-governador da Província de Qazvin, Sirous Saberi, o piloto do
avião chegou a informar a torre
de controle de que havia um
problema técnico e solicitou
permissão para realizar uma
aterrissagem de emergência.
Ao atingir o solo, o avião explodiu, reduzindo-se a pedaços
de corpos, fuselagem e pertences espelhados em um raio de
centenas de metros ao redor de
enorme cratera. Há relato ainda de que uma das turbinas do
avião pegou fogo antes de cair.
Segundo o porta-voz do órgão de aviação civil do Irã, Reza
Jafarzadeh, o avião da Caspian
Airlines caiu às 11h30 (4h30 de
Brasília), apenas 16 minutos
após decolar do aeroporto Imã
Khomeini. Das 168 pessoas a
bordo, 160 eram iranianas, seis,
armênias, e duas, georgianas.
O acidente é o terceiro de
grandes proporções no mundo
desde junho. No dia 1º do mês
passado, um Airbus A330 da
Air France que ia do Rio de Janeiro para Paris caiu no oceano
Atlântico com 228 a bordo. No
dia 30, um Airbus A310-300 da
Yemenia caiu nas ilhas Comores, no Índico, com 152 a bordo.
No Irã, o acidente é o mais
grave desde 2003, quando um
Ilyushin, de fabricação russa,
que transportava membros da
Guarda Revolucionária, a organização militar iraniana de elite, caiu matando 302 pessoas.
O sistema de aviação civil do
Irã é frequentemente questionado por autoridades internacionais da área pela dificuldade
que as companhias aéreas do
país têm para renovar suas frotas em virtude das sanções econômicas impostas ao regime islâmico, principalmente pelos
EUA, nas últimas décadas.
O Tupolev acidentado havia
sido fabricado em 1986 e vendido à Caspian Airlines -uma
companhia russo-iraniana fundada em 1992- há 11 anos.
Com agências internacionais
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