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VIOLÊNCIA
Decisão causa revolta em grupos de direitos humanos
Justiça indonésia absolve acusados por massacres em Timor Leste
DA REDAÇÃO
Dois tribunais indonésios absolveram ontem um general e cinco outros oficiais acusados de graves violações dos direitos humanos em Timor Leste em 1999,
quando este país votava a independência em relação a Jacarta.
A decisão revoltou grupos de
direitos humanos, que acusam
militares indonésios de participar
ou ao menos não impedir os massacres que ocorreram então.
Esses grupos manifestaram
preocupações com o julgamento
de outros 11 oficiais indonésios e
querem que as Nações Unidas
instituam um tribunal independente para julgá-los. Os militares
são acusados de conspiração com
milícias que praticaram crimes
como estupros, assassinatos e expulsões. A violência só terminou
com a chegada de uma força de
segurança internacional.
"Os réus não foram considerados culpados e devem ser absolvidos de todas as acusações", afirmou o juiz Cicut Sutiarso, ao ler a
decisão de absolver três coronéis
e dois majores. Antes, outro tribunal já havia absolvido o último
chefe da polícia indonésia no Timor. Anteontem, um ex-governador do Timor indicado pela Indonésia e envolvido com os crimes havia sido condenado a apenas três anos de prisão.
O Timor Leste foi invadido pela
Indonésia em 1975, após declarar
sua independência de Portugal.
Ao menos 100 mil pessoas foram
mortas na guerra pela independência que se seguiu à invasão. O
país foi declarado independente
oficialmente em maio, após um
período de transição com um governo da ONU.
Com agências internacionais
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