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ORIENTE MÉDIO
Medida busca impulsionar novo plano de paz; TV diz que caças de Israel sobrevoaram casa de ditador sírio
Israel tira tropas de mais cidades palestinas
DA REDAÇÃO
Israel concordou ontem em retirar suas forças de até quatro cidades da Cisjordânia, pondo fim a
um impasse sobre questões de segurança que se arrastava com os
palestinos há semanas e dando
novo impulso ao plano de paz
apoiado pelos EUA.
O ministro da Defesa israelense,
Shaul Mofaz, e o chefe de segurança palestino, Mohammed Dahlan, chegaram a um acordo para
a saída de Israel de Jericó e Qalqilya -e, se a trégua se manter, também de Ramallah e Tulkarem-,
num momento em que o plano de
paz e a trégua dos grupos terroristas palestinos pareciam correr risco sério em função da retomada
da violência, incluindo dois atentados suicidas cometidos por palestinos nesta semana e ações de
Israel contra terroristas nos territórios palestinos.
Israel retiraria suas forças de Jericó e Qalqilya na semana que
vem e também removeria algumas barreiras militares montadas
nas estradas palestinas -uma
das principais queixas da população. Já a retirada de Ramallah e
Tulkarem começaria na última
semana de agosto, desde que não
ocorram mais atentados a bomba
ou tiros e que as forças de segurança palestinas comecem a desmantelar os grupos terroristas,
como prevê o plano de paz.
A retirada de Ramallah é uma
das principais prioridades palestinas, em parte para dar alguma liberdade de movimento ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, que
está confinado em seu quartel-general na cidade há quase dois
anos por Israel, acusado de fomentar o terror. Ele nega.
A TV Israel disse que Arafat será
autorizado a fazer uma viagem
única a Gaza para visitar o túmulo
de sua irmã Yousra al Kidwah,
morta nesta semana aos 77 anos.
Apesar do acordo de retirada, a
situação continua tensa.
O grupo terrorista Jihad Islâmico ameaçou vingar-se do ataque
israelense da quinta-feira no qual
foi morto seu líder em Hebron,
Mohammed Sidr.
Os grupos palestinos declararam um cessar-fogo em 29 de junho, mas disseram que, embora
seja importante respeitar a trégua
-que tem grande apoio popular-, se reservam o direito de
reagir aos ataques israelenses.
A ANP disse ontem que interceptou US$ 3 milhões destinados
do exterior ao Jihad. O jornal israelense "Haaretz" disse que o dinheiro veio do Irã.
Síria
Caças israelenses sobrevoaram
em baixa altitude nesta semana a
residência de férias do ditador sírio, Bashar al Assad, no que seria
uma mensagem para o seu governo controlar o grupo extremista
libanês Hizbollah, disse a TV israelense. Segundo o Canal 1, Assad estava na casa, em Latakia
(norte), durante o sobrevôo.
Os aviões israelenses não sobrevoavam a Síria desde o fim da
ocupação do sul do Líbano, em
2000. A Síria controla o Líbano, e
Israel afirma que responsabilizará
Damasco por ataques do Hizbollah, como o do domingo último,
que matou um adolescente no
norte de Israel. A Síria não comentou a reportagem.
Com agências internacionais
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