UOL


São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ORIENTE MÉDIO

Medida busca impulsionar novo plano de paz; TV diz que caças de Israel sobrevoaram casa de ditador sírio

Israel tira tropas de mais cidades palestinas

DA REDAÇÃO

Israel concordou ontem em retirar suas forças de até quatro cidades da Cisjordânia, pondo fim a um impasse sobre questões de segurança que se arrastava com os palestinos há semanas e dando novo impulso ao plano de paz apoiado pelos EUA.
O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, e o chefe de segurança palestino, Mohammed Dahlan, chegaram a um acordo para a saída de Israel de Jericó e Qalqilya -e, se a trégua se manter, também de Ramallah e Tulkarem-, num momento em que o plano de paz e a trégua dos grupos terroristas palestinos pareciam correr risco sério em função da retomada da violência, incluindo dois atentados suicidas cometidos por palestinos nesta semana e ações de Israel contra terroristas nos territórios palestinos.
Israel retiraria suas forças de Jericó e Qalqilya na semana que vem e também removeria algumas barreiras militares montadas nas estradas palestinas -uma das principais queixas da população. Já a retirada de Ramallah e Tulkarem começaria na última semana de agosto, desde que não ocorram mais atentados a bomba ou tiros e que as forças de segurança palestinas comecem a desmantelar os grupos terroristas, como prevê o plano de paz.
A retirada de Ramallah é uma das principais prioridades palestinas, em parte para dar alguma liberdade de movimento ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, que está confinado em seu quartel-general na cidade há quase dois anos por Israel, acusado de fomentar o terror. Ele nega.
A TV Israel disse que Arafat será autorizado a fazer uma viagem única a Gaza para visitar o túmulo de sua irmã Yousra al Kidwah, morta nesta semana aos 77 anos.
Apesar do acordo de retirada, a situação continua tensa.
O grupo terrorista Jihad Islâmico ameaçou vingar-se do ataque israelense da quinta-feira no qual foi morto seu líder em Hebron, Mohammed Sidr.
Os grupos palestinos declararam um cessar-fogo em 29 de junho, mas disseram que, embora seja importante respeitar a trégua -que tem grande apoio popular-, se reservam o direito de reagir aos ataques israelenses.
A ANP disse ontem que interceptou US$ 3 milhões destinados do exterior ao Jihad. O jornal israelense "Haaretz" disse que o dinheiro veio do Irã.

Síria
Caças israelenses sobrevoaram em baixa altitude nesta semana a residência de férias do ditador sírio, Bashar al Assad, no que seria uma mensagem para o seu governo controlar o grupo extremista libanês Hizbollah, disse a TV israelense. Segundo o Canal 1, Assad estava na casa, em Latakia (norte), durante o sobrevôo.
Os aviões israelenses não sobrevoavam a Síria desde o fim da ocupação do sul do Líbano, em 2000. A Síria controla o Líbano, e Israel afirma que responsabilizará Damasco por ataques do Hizbollah, como o do domingo último, que matou um adolescente no norte de Israel. A Síria não comentou a reportagem.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Apagão atinge mais de 12 milhões de pessoas em Ontário, no Canadá
Próximo Texto: Paraguai: Na posse, Duarte ataca neoliberalismo
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.