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Sauditas podem ceder bases para ataque
DA REDAÇÃO
A Arábia Saudita deu sinais ontem de que poderia apoiar os
EUA em um ataque ao Iraque caso Saddam Hussein insista em
impedir o retorno dos inspetores
de armas da ONU ao país.
Ao ser questionado pela rede de
TV CNN se as bases americanas
na Arábia Saudita poderiam ser
utilizadas em uma ofensiva contra o Iraque caso seja aprovada
uma resolução da ONU nesse sentido, o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Saud al-Faisal, respondeu: "Todo o mundo é obrigado a acompanhar [a
resolução da ONU"".
Milhares de militares americanos estão baseados na Arábia
Saudita. Na Guerra do Golfo
(1991), o país serviu de base para
os EUA atacarem o Iraque.
A declaração do príncipe contrasta com a posição do governo
saudita adotada no mês passado,
quando Riad descartava a hipótese de os EUA poderem usar as
suas bases no território saudita.
Na semana passada, o chanceler
egípcio, Ahmed Maher, disse que
seu país apoiaria uma ofensiva
contra o Iraque, desde que amparada pela ONU.
Em entrevista ao diário árabe
publicado em Londres "Al Hayat", o príncipe Saud afirmou que
o Iraque deveria permitir a entrada dos inspetores da ONU, antes
de o Conselho de Segurança das
Nações Unidas aprovar um ataque ao país.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Kamal Kharrazi,
afirmou que o Iraque deve cumprir as resoluções da ONU, aceitando o retorno de inspetores de
armas. Porém disse ser contra um
ataque. O Irã faz parte do "eixo do
mal", definido pelo presidente
George W. Bush, ao lado do Iraque e da Coréia do Norte.
Para a Síria, enquanto o mundo
fica ameaçando o Iraque por não
aceitar a entrada de inspetores da
ONU, Israel prossegue violando
resoluções da ONU e possuindo
armas nucleares. "Por que o Iraque deve aceitar as resoluções da
ONU e Israel fica acima da lei?",
questionou o ministro das Relações Exteriores da Síria, Farouq
al-Shara, na Assembléia Geral da
ONU, em Nova York.
Israel não nega, tampouco confirma, possuir armas nucleares.
Com agências internacionais
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