DA REDAÇÃO

Corpos de três homens decapitados foram achados ontem perto de Bagdá. Em outras partes do país, confrontos entre as forças invasoras americanas e a insurgência iraquiana causaram a morte de pelo menos 18 pessoas.
Os corpos, que tinham as cabeças amarradas às costas, foram encontrados pela Guarda Nacional Iraquiana dentro de sacos plásticos jogados ao lado de uma estrada nas cercanias de Dujail (60 km ao norte da capital).
Por seus traços físicos e pelas tatuagens que tinham, acredita-se que sejam de iraquianos ou de pessoas países próximos. Embora os insurgentes tenham decapitado reféns estrangeiros nos últimos meses, essa não é uma prática comum contra iraquianos -que geralmente são seqüestrados para serem trocados por dinheiro.
Em Ramadi (oeste), choques entre americanos e insurgentes e uma explosão deixaram pelo menos 13 mortos e mais de 30 feridos. Um carro-bomba matou dois iraquianos -um policial e um civil- em Suwayrah (ao sul de Bagdá). Na Província de Anbar (oeste), um fuzileiro naval americano morreu em um ataque. Ao sul de Kirkuk (norte), dois operários de uma construção encomendada pelo Exército americano foram assassinados a tiros.

Atraso na ajuda
No Congresso dos EUA, senadores republicanos e democratas criticaram a lentidão do governo George W. Bush na reconstrução do Iraque. "É mais do que lamentável. É mais do que embaraçoso, está entrando na zona do perigoso", disse o republicano Chuck Hagel. Dos US$ 18,4 milhões aprovados para a reconstrução pelo Congresso em 2003, só 6% foram gastos (US$ 1,1 milhão).
Os militares americanos soltaram ontem 275 prisioneiros iraquianos de Abu Ghraib, como resultado dos trabalhos de uma comissão de revisão de casos montada por americanos e iraquianos no mês passado. Ainda restam cerca de 2.500 presos na cadeia.
Deputados italianos e franceses de centro-esquerda do Parlamento Europeu divulgaram documento em que pedem a suspensão temporária das operações bélicas como forma de facilitar a libertação das duas italianas e dos dois franceses seqüestrados.