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ORIENTE MÉDIO
Ação de Israel mata dez
Sharon descarta seguir com "mapa para a paz"
DA REDAÇÃO
O premiê israelense, Ariel Sharon, eliminou qualquer perspectiva de negociar a paz em um futuro próximo ao afirmar que Israel
não seguirá adiante com o "road
map" (mapa para a paz) -plano
apoiado pelos EUA, pela ONU e
pela União Européia que, inicialmente, previa a criação de um Estado palestino em 2005.
A afirmação foi feita no dia mais
violento na Cisjordânia desde
2002. Dez palestinos foram mortos em ataques israelenses.
Em entrevista ao diário israelense "Yediot Ahronot", no dia de
início da celebração do Ano Novo
judaico, Sharon descreveu sua visão de longo prazo para a região.
"Até mesmo agora, não estamos seguindo o "road map". Não
estamos preparados para isso"
afirmou o premiê, acrescentando
que, após a retirada dos assentamentos da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia, "é bem possível que haja um longo período no
qual nada ocorra".
Segundo o premiê, enquanto
não houver mudanças na liderança e na política palestinas, "Israel
manterá a sua guerra contra o terrorismo e permanecerá nos territórios remanescentes após a implementação do plano de retirada
[dos assentamentos]".
Sharon disse que se guiará pelo
seu próprio plano, não pelo "road
map", que foi acordado por israelenses e palestinos no ano passado, mas nunca chegou a ser implementado pelos dois lados.
A Casa Branca evitou criticar
Sharon, mas afirmou, por meio
do porta-voz Scott McClellan, que
as declarações de Sharon publicadas no jornal não correspondem
de forma acurada à visão do primeiro-ministro israelense.
Saeb Erekat, o principal negociador palestino, ao comentar as
declarações de Sharon, reafirmou
a posição da Autoridade Nacional
Palestina (ANP), segundo a qual o
objetivo de Israel é sair de Gaza
para reforçar a presença israelense na Cisjordânia.
Ataque
Forças de Israel fizeram incursão ontem, em Nablus (Cisjordânia), matando quatro membros
do grupo terrorista Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa e um da Frente Democrática pela Libertação da
Palestina. Uma menina de 11 anos
também foi morta na ação.
Horas depois, em Jenin (Cisjordânia), outros quatro militantes
de grupos terroristas palestinos
foram mortos em operação militar israelense.
Com agências internacionais
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