São Paulo, terça-feira, 16 de outubro de 2007

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Sob o espectro da Olimpíada, governo redobra censura e vigilância de ativistas

DA ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM

Como sempre ocorre nos grandes eventos políticos de Pequim, o governo chinês reforçou a censura à imprensa e à internet e a repressão aos dissidentes na véspera do 17º Congresso do Partido Comunista, o mais importante encontro dos últimos cinco anos.
Desta vez, o temor de manifestações contrárias ao governo é reforçado pela Olimpíada de 2008, a ser realizada em Pequim. Entidades de defesa dos direitos humanos questionam a realização do evento no país, em razão da ausência de democracia.
Os dissidentes políticos passaram a ser vigiados de perto pela polícia nos últimos dias, com viaturas nas portas de suas casas todo o tempo. O governo chinês não quer correr o risco de ver protestos durante o congresso nem ser pego de surpresa como em agosto, quando um grupo abriu uma enorme faixa na Muralha da China em defesa da independência do Tibete.
Os movimentos separatistas nas regiões oeste estão entre as principais preocupações do Partido Comunista, que não admite questionamentos da unidade territorial chinesa.
Além do Tibete, outro foco de separatismo é a Província de Xinjiang, habitada sobretudo por muçulmanos uigures. O secretário do Partido Comunista na região, Wang Lequan, afirmou ontem em um intervalo das reuniões do congresso que as forças de segurança estão em "alerta máximo" em relação a movimentos separatistas.
"Há forças estrangeiras conspirando com pessoas domesticamente", disse Wang. "Se alguém ousar promover sabotagem ou tentar dividir o país, sem dúvida reprimiremos." (CT)


Com agências internacionais


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