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Sob o espectro da Olimpíada, governo redobra censura e vigilância de ativistas
DA ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM
Como sempre ocorre nos
grandes eventos políticos de
Pequim, o governo chinês reforçou a censura à imprensa e à
internet e a repressão aos dissidentes na véspera do 17º Congresso do Partido Comunista, o
mais importante encontro dos
últimos cinco anos.
Desta vez, o temor de manifestações contrárias ao governo
é reforçado pela Olimpíada de
2008, a ser realizada em Pequim. Entidades de defesa dos
direitos humanos questionam
a realização do evento no país,
em razão da ausência de democracia.
Os dissidentes políticos passaram a ser vigiados de perto
pela polícia nos últimos dias,
com viaturas nas portas de suas
casas todo o tempo. O governo
chinês não quer correr o risco
de ver protestos durante o congresso nem ser pego de surpresa como em agosto, quando um
grupo abriu uma enorme faixa
na Muralha da China em defesa
da independência do Tibete.
Os movimentos separatistas
nas regiões oeste estão entre as
principais preocupações do
Partido Comunista, que não
admite questionamentos da
unidade territorial chinesa.
Além do Tibete, outro foco de
separatismo é a Província de
Xinjiang, habitada sobretudo
por muçulmanos uigures. O secretário do Partido Comunista
na região, Wang Lequan, afirmou ontem em um intervalo
das reuniões do congresso que
as forças de segurança estão em
"alerta máximo" em relação a
movimentos separatistas.
"Há forças estrangeiras conspirando com pessoas domesticamente", disse Wang. "Se alguém ousar promover sabotagem ou tentar dividir o país,
sem dúvida reprimiremos."
(CT)
Com agências internacionais
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