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ONU renova força no Haiti por um ano
Conselho de Segurança reconfigura missão e reforça combate ao tráfico
Mandatos anteriores eram de seis meses; com 1.200 homens, Brasil lidera tropa, que está no país desde 2004 para manter estabilidade
DA REDAÇÃO
O Conselho de Segurança da
ONU decidiu ontem renovar
por um ano o mandato da Minustah (Missão das Nações
Unidas para a Estabilização do
Haiti) e reconfigurar suas forças para que passem também a
combater o tráfico de armas e
de drogas no país caribenho.
A decisão segue um pedido
do premiê haitiano, Jacques
Edouard Alexis, que vê a situação do país como "muito frágil".
A Minustah, liderada pelo
Brasil, chegou ao Haiti em
2004 com a missão de estabilizar o país após a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide,
que se seguiu a violentos protestos de rua. Em fevereiro de
2006, os haitianos elegeram
René Préval presidente, mas
por decisão do CS da ONU a
missão continuou no país, tomado por uma onda de crimes
de gangues e seqüestros que só
recentemente arrefeceu.
Com 1.200 homens, o Brasil
lidera militarmente a missão,
da qual participam , entre outros, Chile, Argentina, Uruguai
e Canadá. Em setembro, o ministro Nelson Jobim (Defesa)
esteve no Haiti e chegou a discutir a possibilidade de aumentar o efetivo para atuar na reconstrução da infra-estrutura
do país, o mais pobre da região.
A decisão de ontem, unânime, amplia as incumbências da
missão. Embora a resolução
aprovada cite "melhora significativa" na segurança, ela ressalta que "o tráfico internacional
de drogas e de armas continua a
afetar a estabilidade" haitiana.
Esta é a primeira vez que o
mandado da Minustah é renovado por um ano -até então ele
vinha sendo renovado a cada
seis ou oito meses, apesar dos
pedidos do Brasil por uma renovação mais longa. A China,
dona de poder de veto no CS, se
opunha à missão porque o Haiti
reconhece a independência de
Taiwan, que Pequim tem como
Província rebelde.
O texto aprovado ontem adota a recomendação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para reduzir o contingente da Minustah em 140 homens, para 7.060 soldados.
A infantaria será reduzida, e a
força policial da missão, aumentada para 2.091 homens. A
ênfase é a fronteira: segundo a
resolução, a extensa costa haitiana, com seus desprotegidos
portos e pistas clandestinas de
pouso, é um convite a traficantes de armas e drogas.
Com agências internacionais
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