DA REDAÇÃO

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, não viajará ao Marrocos na próxima semana em companhia de sua mulher, Cécilia. No início do mês ela também não o acompanhou à Bulgária, onde o governo local pretendia condecorá-la por sua participação na operação que libertou um grupo de enfermeiras búlgaras presas na Líbia.
Indagado ontem se era verdade que Sarkozy e Cécilia estavam na iminência de anunciar o divórcio, David Martinon, porta-voz do palácio presidencial do Elysée, respondeu não ter "nenhum comentário a fazer sobre rumores divulgados pela mídia".
Acontece que tais rumores não são veiculados por publicações de fofocas de celebridades. O respeitável jornal econômico "La Tribune" publicou ontem que o divórcio do casal seria anunciado nesta quarta-feira. Os papéis, diz o jornal, já foram encaminhados a um tribunal de Paris ou do subúrbio de Nantèrre.
Em Londres, o jornal conservador "Daily Telegraph", um diário de qualidade, entrou na história e reproduz a declaração de um responsável anônimo do partido do presidente, para quem "não há motivos para que existam segredos" sobre o fim do casamento. "Precisamos saber o que está acontecendo."
O "Telegraph" reproduz informação publicada na semana passada por um jornal suíço, segundo o qual a primeira-dama foi vista nas imediações de Genebra em companhia do publicitário Richard Attias.
Trata-se do mesmo cidadão por quem Cécilia deixou o marido em 2005 e com quem viveu alguns meses em Nova York, em episódio rumoroso que não chegou a prejudicar a imagem do então candidato Sarkozy na eleição presidencial de maio passado. Ao contrário, o fato de ter sido abandonado pela mulher despertou uma onda de simpatia e um sentimento de solidariedade que o situou como um homem com problemas conjugais, como milhares de outros franceses.
Julgava-se que o caso de Cécilia com Attias estivesse encerrado, na medida em que ele parecia estar vivendo uma relação sólida com a atriz de cinema Mathilda May.