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IRAQUE OCUPADO
Pastor batista é morto em emboscada
Bremer ameaça vetar islamismo como base da nova Constituição
DA REDAÇÃO
O chefe da administração americana no Iraque, Paul Bremer, se
contrapôs ontem à adoção da lei
islâmica como base para a Constituição do país, insinuando que
vetará eventuais tentativas por
parte dos iraquianos.
Em visita a Karbala, na região
central do país, Bremer afirmou
que o esboço para a Constituição
interina, a ser aprovado no fim
deste mês, fará do islamismo a religião oficial do Estado e "uma
fonte de inspiração para a lei".
Mas ao ser indagado sobre o que
faria se o Conselho de Governo
Iraquiano determinasse que a
sharia (lei islâmica) seria a base da
Carta, Bremer respondeu: "Nossa
posição é clara. Não há legislação
se eu não sancioná-la".
O atual presidente do Conselho
de Governo Iraquiano, Mohsen
Abdel Hamid, propôs fazer da
sharia a base da Constituição. Hamid representa os xiitas radicais
na junta, que está submetida à
Autoridade Provisória de Coalizão, chefiada por Bremer.
A proposta foi imediatamente
rechaçada por grupos de mulheres, que temem a perda dos direitos de que gozam sob a legislação
secular do país -sobretudo em
questões como o divórcio, a pensão familiar e o direito à herança.
Violência
Os EUA perderam ontem mais
dois soldados e anunciaram a
morte de um pastor batista.
O reverendo americano John
Kelley, de Rhode Island, morreu
no sábado quando o táxi em que
estava foi atacado a tiros perto de
Bagdá. Segundo um porta-voz da
família, Kelley estava no Iraque
com dez outros pastores desde o
último dia 6 para fundar uma
igreja. Três pastores que estavam
com ele foram feridos.
Já os dois soldados foram vítimas de explosões de bombas em
Baquba, a nordeste de Bagdá, e na
capital. Com isso, já são 540 os
militares dos EUA mortos desde o
início da guerra, em março.
Também na capital, uma granada explodiu no pátio de uma escola primária, matando uma criança
e ferindo quatro. Aparentemente,
um aluno detonou o explosivo
durante uma brincadeira.
A polícia também anunciou a
prisão de cinco suspeitos pelo assassinato de Aquila al Hashimi,
membro do Conselho de Governo Iraquiano, em setembro.
Com agências internacionais
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