|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Sanções israelenses podem entrar em vigor amanhã, após posse do novo Parlamento
Hamas aponta "moderado" para ser premiê
DA REDAÇÃO
Um político considerado pragmático do grupo terrorista Hamas será o novo premiê palestino.
Ismail Haniyeh, ex-professor da
Universidade Islâmica de Gaza,
era o mais cotado para ocupar o
cargo desde a vitória do Hamas
nas eleições legislativas palestinas
do mês passado.
O anúncio foi feito ontem, a
dois dias da abertura do novo
Parlamento palestino, no qual o
Hamas terá 74 das 132 cadeiras.
Haniyeh, 43, encabeçou a chapa
eleitoral do Hamas, cuja Carta de
princípios defende a destruição
de Israel. Diante dos radicais do
grupo, é tido como moderado.
Fontes da Autoridade Nacional
Palestina (ANP) afirmaram que,
na abertura do Parlamento, no sábado, Abbas pedirá ao Hamas
que respeite os acordos assinados
com Israel e abandone a violência.
O ministro da Defesa de Israel,
Shaul Mofaz, propôs ontem uma
série de medidas destinadas a
pressionar o Hamas, a começar
pelo bloqueio à passagem de trabalhadores palestinos ao território israelense, o que representaria
um duro golpe à já combalida
economia palestina.
"A posse do Parlamento no sábado soa um alarme para nós",
disse Mofaz, em reunião com o alto escalão da segurança israelense. Medidas mais drásticas incluiriam suspender o repasse de impostos arrecadados por Israel em
nome da ANP e o corte de eletricidade nos territórios palestinos.
A política israelense em relação
ao novo governo palestino deverá
ser definida hoje pelo premiê interino, Ehud Olmert. Nesta semana,
o "New York Times" noticiou que
Israel e os EUA estariam estudando formas de estrangular economicamente o governo palestino,
retendo fundos internacionais vitais para sua sobrevivência, com o
objetivo de minar a popularidade
do Hamas e provocar a convocação de novas eleições. Israel e os
EUA negaram a informação.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Iraque pede aos EUA custódia dos presos iraquianos Próximo Texto: Religião: Papa apóia atos contra charges, afirma libanês Índice
|