São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

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ORIENTE MÉDIO

Sanções israelenses podem entrar em vigor amanhã, após posse do novo Parlamento

Hamas aponta "moderado" para ser premiê

DA REDAÇÃO

Um político considerado pragmático do grupo terrorista Hamas será o novo premiê palestino. Ismail Haniyeh, ex-professor da Universidade Islâmica de Gaza, era o mais cotado para ocupar o cargo desde a vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinas do mês passado.
O anúncio foi feito ontem, a dois dias da abertura do novo Parlamento palestino, no qual o Hamas terá 74 das 132 cadeiras. Haniyeh, 43, encabeçou a chapa eleitoral do Hamas, cuja Carta de princípios defende a destruição de Israel. Diante dos radicais do grupo, é tido como moderado.
Fontes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmaram que, na abertura do Parlamento, no sábado, Abbas pedirá ao Hamas que respeite os acordos assinados com Israel e abandone a violência.
O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, propôs ontem uma série de medidas destinadas a pressionar o Hamas, a começar pelo bloqueio à passagem de trabalhadores palestinos ao território israelense, o que representaria um duro golpe à já combalida economia palestina.
"A posse do Parlamento no sábado soa um alarme para nós", disse Mofaz, em reunião com o alto escalão da segurança israelense. Medidas mais drásticas incluiriam suspender o repasse de impostos arrecadados por Israel em nome da ANP e o corte de eletricidade nos territórios palestinos.
A política israelense em relação ao novo governo palestino deverá ser definida hoje pelo premiê interino, Ehud Olmert. Nesta semana, o "New York Times" noticiou que Israel e os EUA estariam estudando formas de estrangular economicamente o governo palestino, retendo fundos internacionais vitais para sua sobrevivência, com o objetivo de minar a popularidade do Hamas e provocar a convocação de novas eleições. Israel e os EUA negaram a informação.


Com agências internacionais

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