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RELIGIÃO
Papa apóia atos contra charges, afirma libanês
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro libanês,
Fuad Saniora, foi ontem recebido
pelo papa Bento 16 no Vaticano, e
as caricaturas sobre o profeta Muhammad publicadas na Europa
foram um dos temas discutidos.
De acordo com o premiê, o pontífice apoiou os protestos pacíficos realizados contra a publicação
das charges. A posição do Vaticano é que os desenhos, alguns dos
quais associam a imagem de Muhammad ao terrorismo, são uma
"provocação inaceitável".
Segundo Saniora, muçulmano,
o papa disse que "a liberdade não
pode de maneira nenhuma ultrapassar a liberdade dos outros".
Saniora disse que o governo do
Líbano está investigando casos de
protestos violentos no país.
No Paquistão, cerca de 50 mil
pessoas participaram ontem de
um protesto contra as charges. O
evento, ocorrido na cidade de Karachi, foi pacífico.
Liberdade de expressão
A controvérsia sobre as charges
levou o Parlamento Europeu a
analisar uma proposta para limitar a liberdade da mídia. A medida foi rejeitada, ontem, diante do
argumento de que há leis para tratar de eventuais excessos.
"Liberdade de expressão e independência da imprensa como direitos universais não podem ser
ultrapassadas por nenhum indivíduo ou grupo que se sinta ofendido pelo que é falado ou escrito",
disse a resolução do Parlamento.
Os confeiteiros iranianos usaram ontem sua liberdade para
mudar o nome dos pães doces conhecidos como "dinamarqueses", batizados agora como "rosas
do profeta Muhammad".
Com agências internacionais
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