São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros INDO Bolsista diz que buscará trabalho como voluntária DE SÃO PAULO A designer gráfica Luciane Ikebe Otomo, 28, é uma das passageiras decididas a não desistir de viajar para o Japão. Ela embarca na segunda para passar um ano em Fukuoka, no sudoeste do país. Bolsista, estudará com tudo pago pelo governo japonês. "Não só irei para lá como quero retribuir a ajuda que estou recebendo. Quero ir atrás de trabalho voluntário nas zonas mais afetadas." A família está preocupada, mas apoia a decisão de Otomo, que fará a viagem com dois colegas, também bolsistas. "Como eu, eles nem pensam em desistir", conta. Os irmãos Marcelo, 30, e Ricardo Siraiwa, 39, embarcaram ontem de volta ao Japão, onde moram. Tinham vindo para o Brasil para visitar o pai, que estava doente e mora em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. "Não gostaríamos de voltar, mas precisamos. Nossas mulheres e filhos estão lá", disse Ricardo, que mora no Japão há 20 anos. "Com terremotos a gente está acostumado. Mas maremoto é a primeira vez", afirmou Marcelo, há 12 anos no país. Nalvo Adanyia, 43, voltou ao Brasil para passar férias de um mês em Campo Grande (MS) e acabou ficando dois. "Não achava passagem pro Japão. Agora está fácil encontrar", disse. Adanyia mora na Província de Gunma, que foi afetada. "Temos treinamento para terremoto, mas com tsunami e radiação não sabemos o que fazer." Oficialmente, as companhias aéreas não informam quantos passageiros já cancelaram a viagem ao Japão. Apenas a ANA, por meio do seu setor de vendas, informou que em dois dias (terça e ontem) recebeu 40 pedidos de reembolso, de um total de cerca de 600 bilhetes vendidos para viagens marcadas para os próximos 30 dias. (PRISCILA PASTRE-ROSSI E RAFAEL REIS) Texto Anterior: Voltando: Irmãs recebem os pais; jogadores fogem de tremor Próximo Texto: Empresas nacionais transferem funcionários após terremoto Índice | Comunicar Erros

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