São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

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Estados do NE disputam instalação de usina

ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO

O risco de um desastre nuclear no Japão não afetou os projetos de Estados do Nordeste, que lutam para que duas das usinas nucleares planejadas pelo governo para os próximos 20 anos sejam instaladas em seu território.
Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe estão no páreo para receber as unidades, que, de acordo com estudos preliminares, poderiam ficar à beira do rio São Francisco.
A decisão sobre onde construí-las cabe ao governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, mas ainda não há prazo para isso.
Em Sergipe, apesar de o governador Marcelo Déda (PT) declarar que o interesse só se manterá em caso de "segurança plena das instalações", o governo já disse que a usina seria um "importantíssimo investimento".
Para o governo de Alagoas, a usina poderia "redistribuir riquezas" e "diminuir as diferenças sociais". O superintendente de Energia da Bahia, Silvano Ragno, diz que o interesse deve se manter, pois não se pode prescindir da energia nuclear.

DIVERGÊNCIA
Em debate ontem na USP, especialistas em energia nuclear discordaram sobre eventuais investimentos brasileiros no setor. Para o físico José Goldemberg, o país tem melhores alternativas, especialmente as hidrelétricas.
Para o engenheiro Leonam dos Santos Guimarães, o investimento nuclear ajudaria a conter o desmatamento. Eles são co-autores do livro "Energia Nuclear: do Átema ao Diálogo" (Ed. Senac, 2011), lançado no debate.

Com SABINE RIGHETTI, de São Paulo


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