São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

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TRAGÉDIA NO JAPÃO

China suspende construção de novas usinas nucleares

Medida vale até aprovação de código de segurança para evitar acidentes

País tem 27 reatores planejados, o maior plano de expansão do mundo; outras nações têm revisto programas

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

O governo chinês decidiu suspender a construção de novas usinas nucleares no país até aprovar um novo código de segurança para evitar acidentes como o ocorrido no Japão.
A China possui 13 usinas em funcionamento e vinha apostando em seu programa nuclear para suprir a crescente demanda por energia.
É o país com mais reatores em construção no mundo, 27 de um total de 65.
O documento do governo que determina a suspensão não especifica um prazo para a retomada das obras, mas tenta acalmar a população ao afirmar que não foram registradas elevações de radiação no país apesar das explosões na usina japonesa de Fukushima 1.
As notícias do vindas do país vizinho, e as muitas incertezas sobre o que de fato acontece dentro da central japonesa, provocaram uma espécie de pânico entre os chineses.
Segundo o jornal "Financial Times", houve uma corrida às farmácias de Pequim para comprar pílulas de iodo, substância que protege a glândula tireoide e reduz o risco de câncer.
Também para tentar acalmar a população, o governo espanhol ordenou uma checagem nas condições de segurança de suas usinas.
"Há motivos para mantermos a tranquilidade sobre a segurança de nossas centrais. Todos sabemos quais são as condições geográficas do nosso país", disse o chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.
A Espanha tem usinas cujo funcionamento é muito parecido com o da japonesa.
Na França, tanto a Assembleia Nacional quanto o Senado pediram abertura de comissões de inquérito para analisar o futuro da indústria nuclear no país. Os 58 reatores em funcionamento na França fornecem cerca de 75% de toda a energia elétrica consumida no país.


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