São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

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Comércio do Rio já faz contas de prejuízos na visita do presidente

DO RIO

Comerciantes que esperavam lucrar com a presença de Barack Obama perto dos seus estabelecimentos conformam-se agora em ter de passar o domingo de portas fechadas para atender ao esquema de segurança da visita do presidente dos EUA.
Mais tradicional bar da Cinelândia, o Amarelinho teve que cancelar o pedido extra de chope que havia feito calculando o aumento do movimento. Agora, nem os dez barris médios dominicais serão vendidos, já que o bar ficará fechado por todo o dia.
"O Amarelinho é o símbolo da Cinelândia. Podia até trazer o Obama para tomar uma cervejinha", queixou-se o gerente Renato Marques.
No Cristo Redentor, a notícia de fechamento causou apreensão no motorista de van Paulo André Moraes. Ele diz que domingo representa quase metade do faturamento semanal, e a manhã é o período mais movimentado -o local ficará fechado até 11h.
Serão total ou parcialmente interditadas 31 ruas do centro para o discurso de Obama, às 15h de domingo.
A estação Cinelândia do metrô ficará fechada entre as 7h e as 16h30 de domingo, e entre as 12h30 e as 15h30 os trens nem sequer circularão pelo trecho entre as estações Glória e Carioca, duas estações mais próximas.
Quem vier da zona sul, terá de descer na Glória e ir a pé ao local do discurso; já quem vier da zona norte terá de desembarcar na Carioca.
A prefeitura não quis estimar o público, mas diz que a praça pode comportar com tranquilidade 35 mil pessoas.
A prefeitura recomenda o uso do transporte público para quem vai assistir ao discurso. O número de ônibus que circulam pelo centro será dobrado; haverá 2.088 composições de 83 linhas.
Entidades como CUT, MST e Sindipetro (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo) planejam para amanhã a primeira manifestação contra a presença do presidente Obama no Brasil.
Reunidos ontem à noite em plenária na sede do Sindipetro, no centro do Rio, as entidades decidiram fazer, a partir das 16h, uma caminhada da Cinelândia até o consulado dos EUA, a 600 metros.
Outra manifestação está prevista para domingo.


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