São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

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Filho de Gaddafi prevê 48 horas para vencer rebeldes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em meio a alertas do filho do ditador Muammar Gaddafi, Saif al Islam, de que bastam 48 horas para a vitória contra os rebeldes na Líbia, membros do Conselho de Segurança da ONU mais uma vez falharam na tentativa de obter um consenso sobre uma ação militar para deter o avanço do regime na repressão aos opositores.
O vice-embaixador da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, disse que o mundo tem dez horas para agir antes que um genocídio ocorra nas batalhas em Ajdabiyah.
No Cairo, a chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, sinalizou um apoio dos EUA ao rascunho de resolução apresentado por França, Reino Unido e Líbano e pressionou para que a medida seja votada com urgência ainda hoje.
China e Rússia, países com poder de veto, ainda têm dúvidas quanto à medida.
O tom de emergência tomou a comunidade internacional na noite de ontem, após intensos confrontos em Ajdabiyah, no leste, e Misrata, no oeste. Embora rumores sobre o início das batalhas em Benghazi tenham circulado anteontem, as tropas do governo ainda não conseguiram chegar à cidade.
Ainda ontem, o presidente francês Nicolas Sarkozy enviou uma carta à ONU. "Trata-se agora de uma questão de dias, se não horas", disse, acrescentando que o mais crucial já havia sido obtido: o apoio da Liga Árabe e a confirmação de que países árabes participariam das ações contra Gaddafi.
Enfurecido pela pressão francesa, Saif al Islam afirmou ter financiado parte da campanha de Sarkozy e pediu que o líder "devolvesse o dinheiro ao povo líbio". O Palácio do Eliseu negou as acusações do filho do ditador.

JORNALISTAS
Ainda ontem, quatro jornalistas do "New York Times" desapareceram no país, entre eles o chefe do escritório do jornal em Beirute, Anthony Shadid. Já o repórter do "Guardian" Ghaith Abdul-Ahad foi libertado.


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