São Paulo, domingo, 17 de abril de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁSIA

Violência marca ato em Xangai, tolerado pela polícia

Chineses ignoram veto e saem às ruas para protestar contra o Japão

DA ASSOCIATED PRESS

Cerca de 20 mil manifestantes anti-Japão saíram às ruas de Xangai, atirando pedras contra o Consulado do Japão e destruindo carros e lojas. O protesto, ocorrido um dia depois de Pequim ter proibido manifestações desse gênero, é o mais recente incidente nas tensões entre os dois países.
O conflito atual é causado por uma série de fatores. A China discorda da candidatura japonesa ao Conselho de Segurança da ONU. Critica também o modo como novos livros japoneses relatam as atrocidades cometidas pelo país contra a China antes da Segunda Guerra -para muitos chineses, o Japão nunca se arrependeu. Há ainda a intenção japonesa de explorar o gás de uma região disputada pelos dois países.
Milhares de policiais assistiram à manifestação, mas pouco fizeram para contê-la. O Japão fez um protesto formal, reclamando que as autoridades chinesas não agiram para conter a violência.
Milhares de pessoas tomaram parte em protestos pacíficos em outras duas cidades, desafiando as ordens de Pequim. Em Pequim, centenas de policiais fecharam a praça Tiananmen para evitar que houvesse uma manifestação. A Embaixada do Japão informou que dois japoneses ficaram feridos em Xangai depois de terem sido cercados por um grupo de chineses.
Ao mesmo tempo em que teme que o Japão obtenha assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, a China quer preservar a paz comercial entre os dois países -segundo o Ministério do Comércio chinês, o Japão tem US$ 47,9 bilhões em investimentos na China.

Texto Anterior: Outro lado: Globo reafirma sua informação sobre brasileiro
Próximo Texto: Europa: Chirac procura salvar a Constituição da UE
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.