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Pesquisas medem medo da China no Ocidente rico
CLARA FAGUNDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Há um burburinho no fronte
Ocidental. Circula em Davos,
Frankfurt, nos bares e nas igrejas do Meio-Oeste americano.
Os chineses estão chegando -e
vão dominar o mundo.
O "perigo amarelo" é a maior
ameaça à segurança mundial
para 31% dos americanos e 35%
dos entrevistados em cinco países europeus, indica pesquisa
do "Financial Times"/Harris
Poll realizada em março e abril.
Embora o crescimento da
China precise se manter por algumas décadas para que o país
alcance o nível de prosperidade
dos EUA e da União Européia,
os chineses podem comemorar
uma vitória insólita: na percepção de grande parte dos americanos, a economia da China já
superou a dos EUA.
Em pesquisa realizada pelo
Instituto Gallup em fevereiro,
40% dos entrevistados citaram
o país asiático como principal
potência econômica mundial
-33% mencionaram os EUA.
Há oito anos, apenas 1 em cada
10 americanos lembrou da China e 65% citaram os EUA.
O futuro parece mesmo sombrio para os ocidentais. Quando
questionados sobre quem ocupará a liderança em 20 anos, a
China sobe 4 pontos percentuais e os EUA caem 2. A União
Européia cai 3 pontos, ficando
em modestos 10%.
É na "velha Europa" que se
observa a maior hostilidade à
China. A popularidade do país
caiu 16 pontos percentuais no
Reino Unido, 11 na França, 18
na Espanha e 12 na Alemanha,
em pesquisas do instituto Pew
realizadas entre 2005 e 2007.
Em grande parte da periferia
do capitalismo, ao contrário, a
ascensão chinesa é celebrada.
Os fãs da China são maioria entre os vizinhos asiáticos: 83%
dos malaios, 79% dos paquistaneses, 79% dos bengaleses e
65% dos indonésios têm opinião positiva sobre o país.
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