São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Pesquisas medem medo da China no Ocidente rico

CLARA FAGUNDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há um burburinho no fronte Ocidental. Circula em Davos, Frankfurt, nos bares e nas igrejas do Meio-Oeste americano. Os chineses estão chegando -e vão dominar o mundo.
O "perigo amarelo" é a maior ameaça à segurança mundial para 31% dos americanos e 35% dos entrevistados em cinco países europeus, indica pesquisa do "Financial Times"/Harris Poll realizada em março e abril.
Embora o crescimento da China precise se manter por algumas décadas para que o país alcance o nível de prosperidade dos EUA e da União Européia, os chineses podem comemorar uma vitória insólita: na percepção de grande parte dos americanos, a economia da China já superou a dos EUA.
Em pesquisa realizada pelo Instituto Gallup em fevereiro, 40% dos entrevistados citaram o país asiático como principal potência econômica mundial -33% mencionaram os EUA. Há oito anos, apenas 1 em cada 10 americanos lembrou da China e 65% citaram os EUA.
O futuro parece mesmo sombrio para os ocidentais. Quando questionados sobre quem ocupará a liderança em 20 anos, a China sobe 4 pontos percentuais e os EUA caem 2. A União Européia cai 3 pontos, ficando em modestos 10%.
É na "velha Europa" que se observa a maior hostilidade à China. A popularidade do país caiu 16 pontos percentuais no Reino Unido, 11 na França, 18 na Espanha e 12 na Alemanha, em pesquisas do instituto Pew realizadas entre 2005 e 2007.
Em grande parte da periferia do capitalismo, ao contrário, a ascensão chinesa é celebrada. Os fãs da China são maioria entre os vizinhos asiáticos: 83% dos malaios, 79% dos paquistaneses, 79% dos bengaleses e 65% dos indonésios têm opinião positiva sobre o país.


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