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Financiamento de campanha é incógnita
DO ENVIADO A ASSUNÇÃO
A propaganda eleitoral
paraguaia passa a ser vedada a partir da meia-noite
de hoje, sem que o eleitor
tenha informações claras
sobre quem financiou as
despesas dos candidatos.
Entre os três principais
concorrentes, Lino Oviedo e Fernando Lugo informaram sua estimativa de
gastos -o primeiro o equivalente a US$ 2,4 milhões
e o segundo, US$ 454 mil.
A governista Blanca Ovelar não forneceu os dados,
mas o presidente de seu
partido os estimou em
US$ 10 milhões. Porém é
provável que as despesas
sejam maiores. Segundo
levantamento do Grupo
Impulsor para Regulação
do Financiamento Político no Paraguai, entidade
criada para fiscalizar esses
gastos, só com anúncios de
TV Blanca usou US$ 960
mil; Lugo, US$ 957 mil
(mais do que a estimativa);
e Oviedo, US$ 712 mil.
Dos três, só Lugo deu
parte da lista de doadores,
o que não é obrigatório. As
campanhas são bancadas
parcialmente pelo Estado,
que após as eleições ressarce os partidos, mediante uma auditoria. Mas não
são cobradas notas ficais.
Nenhum candidato se
comprometeu com mudanças na legislação. O
Grupo Impulsor tem um
anteprojeto de lei para dar
mais transparência ao financiamento, mas nenhum parlamentar quis
patrociná-lo.
(FV)
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