São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Financiamento de campanha é incógnita

DO ENVIADO A ASSUNÇÃO

A propaganda eleitoral paraguaia passa a ser vedada a partir da meia-noite de hoje, sem que o eleitor tenha informações claras sobre quem financiou as despesas dos candidatos.
Entre os três principais concorrentes, Lino Oviedo e Fernando Lugo informaram sua estimativa de gastos -o primeiro o equivalente a US$ 2,4 milhões e o segundo, US$ 454 mil. A governista Blanca Ovelar não forneceu os dados, mas o presidente de seu partido os estimou em US$ 10 milhões. Porém é provável que as despesas sejam maiores. Segundo levantamento do Grupo Impulsor para Regulação do Financiamento Político no Paraguai, entidade criada para fiscalizar esses gastos, só com anúncios de TV Blanca usou US$ 960 mil; Lugo, US$ 957 mil (mais do que a estimativa); e Oviedo, US$ 712 mil.
Dos três, só Lugo deu parte da lista de doadores, o que não é obrigatório. As campanhas são bancadas parcialmente pelo Estado, que após as eleições ressarce os partidos, mediante uma auditoria. Mas não são cobradas notas ficais.
Nenhum candidato se comprometeu com mudanças na legislação. O Grupo Impulsor tem um anteprojeto de lei para dar mais transparência ao financiamento, mas nenhum parlamentar quis patrociná-lo. (FV)


Texto Anterior: Itamaraty é insensível, diz presidente do Paraguai
Próximo Texto: Argentina: Uso político de publicidade é denunciado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.