|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Calderón faz cobrança sobre armas
DO ENVIADO AO MÉXICO
"Não vou fingir que é responsabilidade única do México. Nós também temos responsabilidade. Temos de fazer nossa parte." Com as frases, Barack Obama começou
a desfazer o clima tenso que
pairava sobre o encontro
com seu colega mexicano,
Felipe Calderón, ontem à
tarde, na residência oficial de
Los Piños.
Mas o fato é que a reunião
aconteceu num dos momentos mais difíceis entre os dois
países vizinhos, causado por
uma guerra entre os cartéis
de drogas alimentada por armas e consumidores norte-americanos.
Em meio a um pesado esquema de segurança e com as
atividades concentradas naquele local da Cidade do México, Obama iniciou sua primeira visita como presidente
ao México citando JFK para
falar que os laços que unem
os dois países não podem ser
quebrados. Lembrou que em
Chicago, seu berço político,
pelo menos um terço da população é de mexicanos ou
descendentes.
Calderón respondeu num
tom cordial, mas com pelo
uma estocada. Depois de ironizar o fato de granadas serem vendidas nas feiras de
armas nos EUA, o mexicano
afirmou: "Tomara que as armas vendidas nos EUA e usadas no México não sejam um
dia usadas contra cidadãos
americanos".
Obama disse que continuava a favor do veto à venda
de metralhadoras e rifles nos
EUA, similar ao que existiu
entre 1994 e 2004 e cujo fim
é apontado no México como
responsável pela escalada na
violência dos narcotraficantes. Mas, por achar que o
Congresso não o aprovaria
agora, pretende ratificar um
tratado aprovado pela OEA
em 1998 que dificulta o contrabando de armas.
(SD)
Texto Anterior: Polícia mata 3 suspeitos de armar plano contra Morales Próximo Texto: Lula vê interesse cubano em diálogo e sugere a Obama que indique mediador Índice
|