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análise
"Bom vizinho" Obama limita Alba chavista
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, promove um encontro de sua Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) com
cada vez menos perspectiva de expandir sua área de
influência política e diante
dos desafios de tentar lidar
com problemas nos dois
motores da aliança: a retórica anti-EUA, que busca
difícil acomodação na era
Obama, e a minguante torrente de petrodólares.
"Pelas evidências que
temos, a região deseja trabalhar com Obama para
explorar respostas multilaterais para resolver problemas pendentes", diz
Riordan Roett, diretor do
programa de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins.
Por enquanto, a aposta
de Chávez e de Cuba tem
sido nos últimos dias promover a Alba em contraste
à OEA (Organização dos
Estados Americanos), à
qual se opõem pela presença de EUA e Canadá.
Mas é difícil imaginar o
êxito da estratégia se o
Brasil não a apoiar, e Brasília tem na expansão da
Unasul seu próprio projeto de "OEA do B", sem os
vizinhos do norte.
Chávez é obrigado a lidar com o carisma de Barack Obama. Segundo pesquisa do Barômetro de
Governabilidade Latino-Americano e da Península
Ibérica, de ontem, Chávez
é o líder menos popular da
região -28% de aprovação
contra 70% de Obama e
59% do Luiz Inácio Lula
da Silva. Até o jornal oficial
cubano "Granma" perguntava-se ontem: "O Grande
porrete ou bom vizinho?",
em análise sobre as relações entre EUA e latinos.
Mesmo a Bolívia ensaia
aproximação. Ontem, a secretária de Estado, Hillary
Clinton, enviou carta ao
colega boliviano, David
Choqueuanca, para discutir a relação.
Enquanto isso, os movimentos políticos internos
de Chávez, como mudanças para tirar poder de
opositores, preocupam
aliados, segundo Roett. "É
perturbador."
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