São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010

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Mal nunca tem última palavra, diz Bento 16, 83

Líder da Igreja Católica é alvo de uma onda de críticas pelo suposto acobertamento de casos de pedofilia

DA REDAÇÃO

O papa Bento 16 celebrou ontem seus 83 anos relembrando discurso proferido na sua visita à Terra Santa, no ano passado, no qual disse que "o mal nunca tem a última palavra, o amor é mais forte que a morte, e o nosso futuro está nas mãos de um fiel e misericordioso Deus".
"Em qualquer tempo e lugar, a igreja é chamada a proclamar essa mensagem de esperança e confirmar sua verdade por uma prática de testemunho de santidade e caridade", disse, ao receber membros da associação "Papal Foundation", dos EUA.
Bento 16 é alvo de uma onda de críticas pelo suposto acobertamento dos escândalos de pedofilia pela igreja antes do seu papado -em alguns casos, envolvendo ele próprio, quando ainda era o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Anteontem, o papa havia dito que a igreja deve se penitenciar pelos seu pecados, sem no entanto referir-se aos escândalos.

Bispo negacionista
Em outro caso embaraçoso para o papa, o bispo britânico Richard Williamson foi condenado ontem na Alemanha a pagar uma multa de US$ 13,5 mil por negar o Holocausto em entrevista de TV no final de 2008.
Em janeiro do ano passado, poucas semanas depois da declaração, Williamson teve a sua excomunhão de 20 anos antes revogada pelo papa com outros três bispos conservadores - todos ligados ao arcebispo ultraconservador Marcel Lefèbvre.
Sob fortes críticas de grupos judeus, Bento 16 depois disse que desconhecia a posição do bispo e ordenou a sua retratação, afirmando ser "inaceitável" a negação do Holocausto.

Com agências internacionais



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