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Mal nunca tem última palavra, diz Bento 16, 83
Líder da Igreja Católica é alvo de uma onda de críticas pelo suposto acobertamento de casos de pedofilia
DA REDAÇÃO
O papa Bento 16 celebrou ontem seus 83 anos relembrando
discurso proferido na sua visita
à Terra Santa, no ano passado,
no qual disse que "o mal nunca
tem a última palavra, o amor é
mais forte que a morte, e o nosso futuro está nas mãos de um
fiel e misericordioso Deus".
"Em qualquer tempo e lugar,
a igreja é chamada a proclamar
essa mensagem de esperança e
confirmar sua verdade por uma
prática de testemunho de santidade e caridade", disse, ao receber membros da associação
"Papal Foundation", dos EUA.
Bento 16 é alvo de uma onda
de críticas pelo suposto acobertamento dos escândalos de pedofilia pela igreja antes do seu
papado -em alguns casos, envolvendo ele próprio, quando
ainda era o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Anteontem, o papa havia dito
que a igreja deve se penitenciar
pelos seu pecados, sem no entanto referir-se aos escândalos.
Bispo negacionista
Em outro caso embaraçoso
para o papa, o bispo britânico
Richard Williamson foi condenado ontem na Alemanha a pagar uma multa de US$ 13,5 mil
por negar o Holocausto em entrevista de TV no final de 2008.
Em janeiro do ano passado,
poucas semanas depois da declaração, Williamson teve a sua
excomunhão de 20 anos antes
revogada pelo papa com outros
três bispos conservadores - todos ligados ao arcebispo ultraconservador Marcel Lefèbvre.
Sob fortes críticas de grupos
judeus, Bento 16 depois disse
que desconhecia a posição do
bispo e ordenou a sua retratação, afirmando ser "inaceitável" a negação do Holocausto.
Com agências internacionais
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