DA REDAÇÃO

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou ontem um pacote de US$ 8,43 bilhões em verbas oficiais e um aumento temporário de impostos para empresas, entre outras medidas para financiar a reconstrução do país, que foi devastado por um terremoto de magnitude 8,8 em fevereiro.
A estratégia se estenderá por quatro anos e inclui ainda a reformulação do orçamento governamental e o uso de reservas da venda de cobre para a reconstrução.
Segundo Piñera, US$ 2,3 bilhões serão destinados à reconstrução e aos reparos de 200 mil casas, enquanto os hospitais receberão US$ 2,1 bilhões. A quantia enviada para as escolas será de US$ 1,5 bilhão.
O presidente, dono de uma fortuna pessoal avaliada em US$ 2 bilhões, disse que elevará de 17% para 20%, de forma transitória, o imposto sobre os lucros das grandes empresas com o objetivo de gerar uma arrecadação adicional de US$ 1,26 bilhão.
Outra medida anunciada foi a intenção de vender ativos como a participação do governo na elétrica Edelnor e na Aguas Andinas, maior empresa de abastecimento de água do país.
O terremoto, que deixou mais de 700 mortos, ocorreu poucos dias antes da posse de Piñera, candidato que recolocou a direita no poder.
Num aparente esforço para reconquistar o eleitorado, a antecessora de Piñera, a socialista Michelle Bachelet, lançou ontem uma fundação pela reconstrução do Chile.

Com agências internacionais

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