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Chávez lança campanha na TV estatal para mobilizar seus partidários no Twitter
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
"Mexeste comigo, passarinho", reclamou Hugo Chávez na TV, em fevereiro, para
atacar o que chamou de onda
de ataques e boatos lançados
por meio do Twitter em
ameaça a seu governo. A frase virou hit e ganhou versões
musicais na internet.
O incômodo provocou
uma nova reação: a TV estatal venezuelana lançou um
programete chamado "Twitter, a outra guerra".
O texto prega que o site é
usado pelos EUA para desestabilizar o país e pede aos militantes que usem a ferramenta para a contra-atacar.
No vídeo, uma entrevistada diz que a rede é "uma autopista de mão dupla" e que é
dever dos partidários do governo reagir. Nesta semana,
o governo criou as guerrilhas
comunicacionais, formadas
por alunos da escolas públicas, para ajudar a responder
as "mentiras" dos meios de
comunicação privados.
O país tem em torno de
200 mil contas ativas no
twitter -um crescimento de
1.000% em 2009. E os "tuiteiros" anti-Chávez conseguiram emplacar, em fevereiro, o marcador #freevenezuela como o quarto mais
usado no mundo.
No país, segundo a consultoria venezuelana Tendências Digitais, 30% da população tem acesso à internet, e o
número está crescendo com
velocidade por causa do
avanço de celulares com ferramenta para a rede. A difusão de BlackBerrys -a Venezuela é o principal mercado
na América Latina- também é citada pelo governo
para explicar porque chama
o twitter de "a outra guerra".
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