São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010

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Chávez lança campanha na TV estatal para mobilizar seus partidários no Twitter

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

"Mexeste comigo, passarinho", reclamou Hugo Chávez na TV, em fevereiro, para atacar o que chamou de onda de ataques e boatos lançados por meio do Twitter em ameaça a seu governo. A frase virou hit e ganhou versões musicais na internet.
O incômodo provocou uma nova reação: a TV estatal venezuelana lançou um programete chamado "Twitter, a outra guerra".
O texto prega que o site é usado pelos EUA para desestabilizar o país e pede aos militantes que usem a ferramenta para a contra-atacar.
No vídeo, uma entrevistada diz que a rede é "uma autopista de mão dupla" e que é dever dos partidários do governo reagir. Nesta semana, o governo criou as guerrilhas comunicacionais, formadas por alunos da escolas públicas, para ajudar a responder as "mentiras" dos meios de comunicação privados.
O país tem em torno de 200 mil contas ativas no twitter -um crescimento de 1.000% em 2009. E os "tuiteiros" anti-Chávez conseguiram emplacar, em fevereiro, o marcador #freevenezuela como o quarto mais usado no mundo.
No país, segundo a consultoria venezuelana Tendências Digitais, 30% da população tem acesso à internet, e o número está crescendo com velocidade por causa do avanço de celulares com ferramenta para a rede. A difusão de BlackBerrys -a Venezuela é o principal mercado na América Latina- também é citada pelo governo para explicar porque chama o twitter de "a outra guerra".


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