São Paulo, domingo, 17 de abril de 2011 |
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Mau momento do líder favorece extrema direita DA ENVIADA A PARIS "Marine Le Pen é e não é a filha de seu pai." A frase, do ex-chanceler francês Roland Dumas, define a candidata da Frente Nacional às eleições presidenciais de 2012. Marine vem crescendo nas pesquisas de intenção de voto e, em algumas delas, já aparece em primeiro lugar. Com a meta de repaginar a imagem do partido, marcado pelo radicalismo de seu pai, Jean-Marie, ela mantém o conceito central do partido, o nacionalismo, enquanto tenta afastar o antigo rótulo de racista e antissemita. Para fazer isso, defende o controle rígido da imigração, a fim de proteger a economia e a identidade francesas. "Marine parece menos perigosa que o pai e, como Sarkozy banalizou conceitos da extrema direita, ela está crescendo", afirma Stéphane Monclaire, cientista político. Em nome da preservação da França, ela e o partido defendem a saída da União Europeia e o fim do euro. O fato de a popularidade do presidente estar em baixa só ajuda Marine. Eleitores de direita estão migrando para a FN, atraídos pela identidade com seus valores e pela falta de prestígio de Sarkozy. Os resultados têm preocupado a UMP, partido do presidente, e alguns falam, nos bastidores, em substituí-lo no ano que vem. François Fillon, atual premiê, aparece como potencial opção. Completam o núcleo da disputa os possíveis candidatos do Partido Socialista, que definirá apenas em outubro quem será o escolhido. Entre as opções estão o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn -favorito entre as opções de seu partido- e a secretária do PS, Martine Aubry. Mas nenhum anunciou sua candidatura. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: "Apoio a sigla direitista não surpreende", diz francês Índice | Comunicar Erros |
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