São Paulo, sábado, 17 de maio de 2008

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EUA mantêm cautela sobre "lista do terror"

DA REDAÇÃO

O Departamento de Estado americano classificou ontem como "perturbadores" e "preocupantes" os supostos arquivos das Farc que ligam a guerrilha ao governo venezuelano, mas afirmou que os dados não são suficientes para incluir o país de Chávez na lista de países patrocinadores de terrorismo.
"Certamente há um aspecto negativo contra eles [governo venezuelano]. [Mas] eles não estão, até agora, na lista de Estados apoiadores do terror", disse o porta-voz Sean McCormack, falando dos "rigorosos critérios" a serem preenchidos para uma eventual mudança de status para Venezuela.
A eventual inclusão, diversas vezes insinuada por funcionários americanos e pedida por republicanos no Congresso, causa discussão no mercado de petróleo, segundo reportagem de ontem do "New York Times". A Venezuela vende 10% do petróleo consumido nos EUA, num contexto de recorde mundial de preços.
Questionado sobre possíveis conseqüências da decisão para o abastecimento, McCormack respondeu: "Você pode falar com especialistas em mercado de petróleo para responder a essa questão".

França
Na cúpula de Lima, o primeiro-ministro francês, François Fillon, disse que Chávez continua sendo um interlocutor de seu país nas negociações para a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém das Farc há seis anos. "Falamos com todos que sejam de origem democrática para salvar a vida de Betancourt. Que eu saiba, o presidente Chávez foi eleito democraticamente."
A diplomacia francesa vinha negociando com Raúl Reyes antes de sua morte, mas, se nos arquivos das Farc havia mensagens que tratavam disso, elas não foram divulgadas pelo governo colombiano.


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