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EUA mantêm cautela sobre "lista do terror"
DA REDAÇÃO
O Departamento de Estado
americano classificou ontem
como "perturbadores" e "preocupantes" os supostos arquivos
das Farc que ligam a guerrilha
ao governo venezuelano, mas
afirmou que os dados não são
suficientes para incluir o país
de Chávez na lista de países patrocinadores de terrorismo.
"Certamente há um aspecto
negativo contra eles [governo
venezuelano]. [Mas] eles não
estão, até agora, na lista de Estados apoiadores do terror",
disse o porta-voz Sean McCormack, falando dos "rigorosos
critérios" a serem preenchidos
para uma eventual mudança de
status para Venezuela.
A eventual inclusão, diversas
vezes insinuada por funcionários americanos e pedida por
republicanos no Congresso,
causa discussão no mercado de
petróleo, segundo reportagem
de ontem do "New York Times". A Venezuela vende 10%
do petróleo consumido nos
EUA, num contexto de recorde
mundial de preços.
Questionado sobre possíveis
conseqüências da decisão para
o abastecimento, McCormack
respondeu: "Você pode falar
com especialistas em mercado
de petróleo para responder a
essa questão".
França
Na cúpula de Lima, o primeiro-ministro francês, François
Fillon, disse que Chávez continua sendo um interlocutor de
seu país nas negociações para a
libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém
das Farc há seis anos. "Falamos
com todos que sejam de origem
democrática para salvar a vida
de Betancourt. Que eu saiba, o
presidente Chávez foi eleito democraticamente."
A diplomacia francesa vinha
negociando com Raúl Reyes
antes de sua morte, mas, se nos
arquivos das Farc havia mensagens que tratavam disso, elas
não foram divulgadas pelo governo colombiano.
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